Planejamento empresarial 2018: a hora é agora
Um bom e antecipado planejamento empresarial com o intuito de se preparar para o ano seguinte é essencial para a saúde e o andamento de uma empresa. Isto é consenso entre especialistas e até entre os próprios empresários. Mas será que isso acontece na prática? E quando ocorre o planejamento, ele é feito de forma correta?
De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap-Ldr), Euclides Nandes Correia, o ideal é que o planejamento orçamentário para o ano subsequente seja feito já a partir do mês de setembro. Ele observa, ainda, que 2018 será um ano atípico, com eleições presidenciais e Copa do Mundo, eventos que influenciarão na rotina e faturamento das empresas. "O empresário precisa direcionar sua empresa para não navegar sem um norte, pois corre o risco de chegar a um lugar que não seja estratégico. O planejamento envolve olhar o futuro e tangibilizar essas mudanças no presente".
Este planejamento, conforme explica o presidente do Sescap-Ldr, Jaime Cardozo, precisa levar em conta o atual momento econômico. "Muitas empresas tiveram que reduzir custos, fazer demissões, porque o faturamento diminuiu substancialmente. Com isso, muitas se endividaram. Algumas conseguiram parcelar suas dívidas e isso precisa ser considerado dentro do planejamento, para que não afete ainda mais as contas dessas empresas", orienta.
Correia reitera que "as empresas devem continuar fazendo a lição de casa, ou seja, diminuir custos, revisar processos e melhorar o atendimento para aumentar sua lucratividade. Para as empresas em que o endividamento está interferindo no caixa, será necessário analisar o perfil da dívida e renegociá-la".
O advogado tributarista Carlos Crespi complementa, ressaltando que o planejamento tributário também é de extrema importância para o empresário. "Como a carga tributária tem impacto direto nos resultados de qualquer empresa, o empresário deve, acima de tudo, conhecer os tributos que incidem sobre as suas operações e as eventuais alternativas que a lei coloca à sua disposição. Com isso, poderá avaliar melhor a viabilidade de determinados negócios e, principalmente, tomar decisões que deixem sua atividade mais competitiva e rentável".
Crespi explica que, no plano federal, por exemplo, a legislação prevê três modalidades distintas de tributação das receitas e do lucro, conhecidas como "lucro real", "lucro presumido" e "simples". Com exceção desta última, que se aplica somente aos estabelecimentos de micro e pequeno portes, as demais podem ser adotadas pela maior parte das empresas. "Saber se determinada modalidade é mais vantajosa que a outra, porém, exige do administrador uma série de cálculos, que só poderão ser feitos se ele tiver a exata compreensão do que a lei manda ou permite. Uma vez que a opção por um desses regimes de tributação será definitiva para todo o exercício, o empresário deve preparar-se com bastante antecedência".
Euclides Correia ressalta que "o empresário contábil é o assessor adequado para analisar a situação atual e enquadrar a empresa no cenário tributário do próximo ano, pois a contabilidade das empresas demonstram o histórico dos custos que possibilitam a projeção dos novos custos. Além disso, um bom profissional contábil acompanha a legislação tributária e está apto a assessorar no enquadramento".

Fonte:Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap-Ldr).