Com prejuízo acumulado de R$ 15 milhões até julho, a Sercomtel apertou o cinto para cortar R$ 18 milhões em despesas até o fim deste ano. O presidente da empresa, Kentaro Takahara, criou nove grupos que terão de promover cortes de 25% nos custos, por meio do sistema chamado Gestão Matricial de Despesas, como a Folha já havia anunciado no início da semana. Porém, ele admite que não é possível chegar ao equilíbrio apenas com redução de gastos.
Sem poder fazer propaganda de novos serviços desde novembro de 2011 por conta de embargo judicial do contrato emergencial publicitário anterior, o presidente da Sercomtel fez reuniões com representantes da Associação de Profissionais de Publicidade (APP), Ministério Público e do Observatório de Gestão Pública de Londrina, para chegar a uma solução. Depois de cancelar o contrato emergencial de propaganda, a expectativa é firmar novo acordo com apoio das entidades em até 30 dias.
Por meio de chamamento público, Takahara pretende firmar contrato publicitário por seis meses, ao custo de R$ 1,3 milhão para a telefonia fixa e de R$ 260 mil para a celular. Até o fim do contrato, ele acredita que a nova licitação esteja encerrada.
Outra frente foi a reestruturação comercial da empresa. Foi criada uma equipe especial de vendas para Londrina, onde se concentram 90% das receitas da Sercomtel.''Somos pequenos, mas por sermos locais temos de ter agilidade e qualidade'', diz Takahara. Depois de falhas no serviço de internet banda larga, por exemplo, a Sercomtel dobrou a velocidade de 45 mil dos 78 mil clientes que tem.
Em conjunto com a Copel, a companhia também se prepara para entrar com novos serviços no mercado de outras cidades paranaenses, como Cascavel, Pato Branco, Ponta Grossa, Mandaguari e Cornélio Procópio. Por fim, o presidente aguarda autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) até novembro, sobre a liberação do serviço de televisão por assinatura. (F.G.)