Imagem ilustrativa da imagem Belagrícola recebe aporte milionário do Banco Mundial
| Foto: Fábio Alcover
"Tivemos que cumprir diversas exigências ligadas à segurança do trabalho e, principalmente, socioambientais, como diminuição na emissão de poluentes, o que beneficia toda a comunidade", explica Alberto Araújo



Se captar recursos não é mais tarefa fácil no atual ambiente econômico brasileiro, quem busca expandir e melhorar a eficiência dos seus negócios precisa olhar para fora do País. Foi o que fez a Belagrícola, empresa londrinense do agronegócio e que atua nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina, que buscou recursos junto ao International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, com sede em Washington (EUA).
Depois de quase três anos de negociação, a empresa, que possui em torno de 15 mil clientes, inicia o segundo semestre com um aporte de US$ 95 milhões, sendo US$ 35 milhões oriundos diretamente do IFC e outros US$ 60 milhões de um sindicato de bancos. Vale dizer que este é o primeiro investimento direto do Grupo Banco Mundial para o setor de distribuição de insumos agrícolas do País. O prazo de pagamento varia de quatro a sete anos, com carências diferenciadas.
O COO da Belagrícola, Alberto Araújo, salienta que existe um plano de negócios bem traçado para esse investimento. O valor será distribuído em três linhas estratégias: 10% para a melhoria de processos e ganho de eficiência, com novas tecnologias para área administrativa, 30% para expansão de novas unidades e lojas de insumos e 60% para a melhoria das unidades de recebimentos já existentes. "Mais do que o valor em si, muito importante para nossa empresa, é válido salientar que para a captação desse recurso, tivemos que cumprir diversas exigências ligadas à segurança do trabalho e, principalmente, socioambientais, como diminuição na emissão de poluentes, o que beneficia toda a comunidade", explica.
Atualmente, a Belagrícola possui 38 unidades de recebimento de grãos, com capacidade estática de estocagem de 1,2 milhão de toneladas, e 57 lojas de comercialização de insumos distribuídas por quatro regionais. Para Alberto, a necessidade é de expansão nos estados em que a empresa já está presente. "Ainda temos capacidade de expansão para o Sudoeste de São Paulo, Sul do Paraná (Ponta Grossa) e Norte Pioneiro, além Noroeste de Santa Catarina. Buscamos agora fortalecer nossa presença onde já atuamos", complementa.
Por fim, em 2015 a Belagrícola fechou com faturamento de R$ 3,1 bilhões. Para este ano, a expectativa é de fechar a movimentação sem crescimento, mas com estabilidade no valor. "Nosso faturamento deve manter os mesmos níveis de 2015. Apesar do aumento dos valores de comercialização das commodities, por outro lado podemos ter uma pequena redução no volume da safra recebido. O que estamos focando agora é que a nossa eficiência como um todo acabe sendo melhor que do ano passado", finaliza.