Durante o inverno, a companhia aérea também fará ajustes em Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel
Durante o inverno, a companhia aérea também fará ajustes em Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel | Foto: Marcos Zanutto/15-07-2016


Londrina perderá um horário de voo diário para Curitiba entre maio e setembro deste ano. A Azul anunciou que alterará temporariamente a malha aérea na cidade para minimizar os impactos provocados pelas condições climáticas.

A companhia decidiu alterar os horários de novos na ligação com São Paulo, pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas. A intenção é evitar atrasos e cancelamentos com o fechamento do Aeroporto Governador José Richa por causa de neblina.

Além de Londrina, a companhia aérea também fará ajustes em Maringá, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Cascavel. Este é o quarto ano, que a Azul adota essa medida. "A preparação da malha aérea de inverno demanda um trabalho complexo de análise de histórico de fechamento desses aeroportos e de como podemos realizar esses ajustes de forma eficiente, mitigando ao máximo os impactos meteorológicos à nossa malha de voos e, consequentemente, às pessoas que voam conosco", explica Daniel Tkacz, diretor de Planejamento de Malha da Azul.

A GOL ainda não decidiu adotar mudança na malha aérea em função do clima, mas de acordo com a assessoria de imprensa, a companhia está estudando a possibilidade. A empresa aérea opera cinco voos diários em Londrina, dois a partir de Guarulhos e três Congonhas. Até o fechamento da edição, a Latam não tinha respondido à FOLHA.

Entre maio e setembro de 2016, de acordo com dados da Infraero, o aeroporto teve 91 voos cancelados. Maio foi o mês com maior número de cancelamentos(44). A maior dificuldade para os pilotos que pousam em Londrina são os nevoeiros que se formam entre a meia-noite e às 7 horas. Como o terminal não possuiu ILS (sistema de pouso por instrumentos), a névoa impede o pouso por visibilidade.

O professor do curso de Ciência Aeronáutica da Unopar, Ayrton Nobili, explica que Londrina tem cartas de pouso que permitem pouso de aeronaves em condições climáticas adversas, mas que para os pilotos utilizarem as companhias aéreas precisam fazer testes do uso e isso implica em alto custo para as empresas.

De acordo com Nobili, um sistema que também auxiliaria a operação seria instalação de uma antena GBAS (ground-base augmentation). O sistema, segundo ele, é mais eficaz e barato do que o ILS. A antena instalada no solo transmite as informações com mais precisão ao GNSS (Global Navigation Sattelite System), equipamento utilizado pelas aeronaves para se localizar.