Brasília - Após queda em maio, a atividade econômica no Brasil reagiu em junho, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira (17). O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), indicador que tenta antecipar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,5% na comparação com maio nos dados dessazonalizados (retirados os efeitos típicos de cada mês). Quando a comparação é com junho do ano passado, a atividade econômica teve queda de 0,56%, enquanto no acumulado em 12 meses houve recuo de 2,03% - neste caso, os dados são os efetivamente observados, sem retirar-se os efeitos típicos do período.
O indicador incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos e teve duas retrações neste ano: uma em março e outra em maio.
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse a jornalistas que o IBC-Br de junho veio bom e mostra a recuperação gradual da atividade econômica. "Tanto indicadores da atividade como de expectativa dos agentes estão melhores hoje do que estavam em maio, quando foi desencadeada a crise política com a delação da JBS", destacou ele.
Mansueto ressaltou que o risco Brasil, medido pelo CDS (Credit Default Swap), já voltou ao patamar de antes da crise política, em torno de 200 pontos, o cenário para inflação melhorou nos últimos dois meses e o mercado está apostando em juros ainda menores no País. "O cenário melhorou bastante do ponto de vista de atividade e de expectativas. Cabe ao governo fazer as reformas."
O secretário lembrou ainda que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings retirou na terça-feira o Brasil da observação negativa para possível rebaixamento, outro fator que mostra a melhora do ambiente em relação ao mês de maio (Com Altamiro Silva Júnior/Agência Estado).