Expectativa das fabricantes é superar neste mês a marca de 155,3 mil veículos comercializados em janeiro do ano passado
Expectativa das fabricantes é superar neste mês a marca de 155,3 mil veículos comercializados em janeiro do ano passado | Foto: Fábio Alcover/01-11-2016



São Paulo – Depois de uma queda de 20% em 2016, o mercado de veículos acumula na primeira quinzena de 2017 um desempenho estável em relação ao ano passado, estimou nesta terça-feira, 17, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Segundo ele, as vendas da primeira metade de janeiro ficaram "levemente abaixo" do resultado observado em igual período do ano anterior. "Mas tudo indica que vamos terminar janeiro um pouco melhor do que janeiro do ano passado", disse.

O primeiro mês de 2016 terminou com a venda de 155,3 mil veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus Na avaliação de Megale, os resultados parciais de 2017 estão em linha com a previsão da Anfavea para o ano inteiro. "Nossa previsão para este ano é de crescimento de 4%, então se tivermos uma expansão de 4% em janeiro, já estará bom", afirmou o executivo, que participou na manhã desta terça da abertura da 21ª edição da Fenatran, feira de transportes de carga.

Juros
Sobre a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, de 13,75% para 13% ao ano, e a consequente diminuição dos juros por parte de alguns bancos comerciais, Megale disse que os movimentos ainda não se traduziram em menor rigor das instituições financeiras para conceder crédito a quem deseja financiar um veículo. "Os bancos ainda estão um pouco escaldados com o que aconteceu no passado, ainda estão bastante criteriosos, mas eu acredito que à medida que a economia vai virando, o humor vai virando, mais gente vai buscando financiamento e os bancos vão liberando o crédito", disse.

Para Megale, mais importante do que a redução da Selic é a indicação de que teremos novas quedas nas próximas reuniões do Banco Central (BC). A única preocupação, ele ponderou, é que o consumidor, com a percepção de que os juros vão continuar caindo, acabe adiando a compra do veículo para um momento que ele julgue mais favorável. "A expectativa futura pode atrapalhar um pouco o presente", afirmou.