O fim da recessão no Brasil significará que a América Latina também deixará de sofrer uma contração de seu PIB e voltará a crescer em 1,3% em 2017. Além do Brasil, a Argentina deve sair de sua recessão, ajudando no que a ONU chama de uma "recuperação suave".

"Vários fatores devem apoiar essa recuperação, entre eles a demanda externa mais forte, preços internacionais de commodities se recuperando, uma queda da incerteza política e menor inflação", explicou o informe da ONU.

Os riscos, porém, ainda existem. Um deles seria uma desaceleração mais rápida do que se imagina na China, além de eventuais medidas protecionistas por parte do governo de Donald Trump.

Turbulências no mercado financeiro também não estão descartadas, o que poderia obrigar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar taxas de juros.

Mesmo com uma retomada do crescimento na América Latina, a previsão de médio prazo da ONU é de que existem riscos de que as conquistas sociais da última década sejam minadas, o que também afetará a capacidade da região em atingir as metas da ONU de redução de pobreza até 2030. (J.C./AE)