Educação: uma piada!
Observei uma faixa comemorativa em um famoso colégio público de Londrina. Comemoram o ''bom'' desempenho na avaliação externa realizada pelo Ministério da Educação - o Ideb. A nota festejada pelo colégio em questão é de 5,8. Numa escala de 0 a 10, o colégio alcançou 5,8. O que estão comemorando? Um aluno para ser aprovado nos colégios públicos do Paraná tem que alcançar a média mínima nas disciplinas cursadas. Neste caso 6. De acordo com as informações nos jornais alguns colégios no Brasil se destacaram com notas acima de 8. Sendo assim, não entendo a referida comemoração, pois se levarmos em conta a média exigida pelo Paraná, o colégio foi ''reprovado''. Pior ainda: todos os colégios públicos de Londrina foram reprovados, pois este conseguiu a maior nota. Sei que é irônico, mas essa é a realidade. Vale ressaltar que a média calculada pelo MEC não considera somente a nota dos alunos nas provas realizadas. Uma variável importante para o cálculo é o índice de reprovação. Quanto menor esse índice, maior o desempenho no Ideb. Daí uma preocupação: e se considerassem somente as notas das provas? Sabemos que a reprovação é seriamente combatida pela Secretaria, núcleos de Educação e muitos diretores de escolas. Educação neste país é uma coisa medíocre e as avaliações como estas, infelizmente, não estão servindo para a melhoria do setor e sim para colocar faixas em comemoração ao ''bom'' desempenho nivelado por baixo.
CLAUDINEI FERREIRA DO NASCIMENTO (professor) - Londrina

Procuro um lugar
Junto-me aos leitores Paulo Acquarole e Adoniro Prieto Mathias ''nessa corrente'' que poderá nos levar ao lugar que procuramos: procuro um lugar onde quando terminar o direito de um, inicia-se o direito do outro; onde o contribuinte que não paga os seus tributos em dia, não tenha mais direitos, que o contribuinte que o faz; onde os ''espertinhos'' não se utilizem dos direitos adquiridos pelos deficientes físicos, gestantes e idosos; onde não tenhamos as famosas ''carteiradas''; onde os candidatos a vereador e prefeito utilizem o horário eleitoral gratuito com verdades e objetivos, que possam ser atingidos; onde o Legislativo, efetivamente, fiscaliza o Executivo; onde os condutores de veículos tenham respeito com o pedestre; onde o Executivo, em casos de catástrofes, não superestime o valor reivindicado ao governo; onde não tenhamos o corruptor, pois com isso, não teremos o corrupto; onde tenhamos um Centro de Zoonose para proteger os nossos animais; onde tenhamos amigos e vizinhos solidários.
HELIO BATISTELLA (economista) - Londrina

Pé na faixa
A morte de uma idosa sobre uma faixa de pedestres (tipo pé na faixa) não é culpa dela nem do motorista, é do ex-prefeito Barbosa Neto e do seu feitor André Nadai que, na ânsia de fazer marketing político, não hesitaram em arriscar a vida dos cidadãos nesta deturpação do Código Nacional de Trânsito. Incentivar as pessoas a entrarem na via de rolamento na frente de veículos em movimento vai contra a obrigação da autoridade de trânsito, que é porteger a vida. Está na hora do Ministério Público agir e imputar os irresponsáveis. Quem não concorda, leia o CNT com atenção.
PAULO SÉRGIO MELERO (servidor público) - Londrina

Valorização do Conseg
Referente à matéria ''Pioneiro, Paraná tenta resgatar Consegs'' (Reportagem, 12/8), os Consegs que estão em atividade no momento, legalmente constituídos, são dignos de merecimento de elogios e competência de seus representantes. Para fortalecer os Consegs, deve-se ampliar a valorização da representatividade em qualquer ação a ser tomada pelo Estado em termos de segurança do município. Também é preciso tornar os Consegs uma instituição independente de política e de terceiros, com recursos próprios (direto da Secretaria de Segurança Pública), não dependendo de financiamentos municipais e ou externos (empresas e outros), pois isso implica em conivência. Somente assim, os Consegs terão livre-arbítrio para defender a sociedade em sua plenitude.
YOCHIHARU OUTUKI (presidente do Conseg Itambaracá) -Itambaracá