A disponibilidade de informações é uma das características mais importantes da sociedade contemporânea. Saber é poder e o conhecimento é considerado, hoje, como um dos recursos mais valiosos. Uma moeda de troca importante na chamada Sociedade da Informação. O que antes era de difícil acesso, hoje está à disposição na internet e os jornais e outros veículos de comunicação fazem o importante de trabalho de contextualizar e ajudar a divulgar os dados. Seguindo esse raciocínio, saber o que acontece na administração pública das cidades também ajuda a aumentar o poder do cidadão. Por isso a importância dos portais da transparência, que devem disponibilizar aos cidadãos informações sobre número de servidores, salários, licitações, contratos, orçamentos e normas. Em 2015, os municípios e câmaras começaram a ser notificados para regularizar os sites e disponibilizar as informações. No ano passado, prefeitos e presidentes de câmaras começaram a ser responsabilizados por meio de ações judiciais. No Paraná, o MP (Ministério Público) criou um grupo, o Gepatria, para acompanhar e fiscalizar o cumprimento da lei que criou os portais da transparência. Reportagem deste fim de semana mostra que o MP ajuizou até agora 44 ações para obrigar prefeitos e presidentes de câmaras de vereadores a criarem ou aperfeiçoarem os seus portais. Nas 22 comarcas que integram o núcleo de Londrina do Gepatria, o número de ações chega a 20. O MP, em parceria com a Celepar, desenvolveu uma plataforma tecnológica para apoiar os municípios na publicação dos dados. Todas as cidades do Paraná contam com portais – é um avanço. O esforço, agora, é para que se publique as informações completas, como prevê a Lei de Acesso à Informação. A transparência é cidadania e uma arma eficaz no combate à corrupção.