O Brasil desperdiça uma grande quantidade de alimentos e isso é fato bastante conhecido e debatido. Segundo um levantamento feito no ano passado pelo World Resources Institute (WRI) Brasil, são 41 mil toneladas de comida que vai para o lixo anualmente. O brasileiro também desperdiça tempo na escola e no trabalho, o que abala negativamente a produtividade do País. O mesmo acontece com a energia. De acordo com relatório divulgado no início deste mês pela Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), o País deixou escapar pela tomada R$ 61,7 bilhões nos últimos três anos, o equivalente a 1,4 vezes a produção da Itaipu Binacional do ano passado. Outra pesquisa, realizada pelo ACEEE (Conselho Americano para Eficiência Energética e Economia, na sigla em inglês), mostrou que quando se trata de eficiência energética, nós estamos na vice-lanterna entre os 23 países responsáveis por 75% do consumo de energia e 80% do Produto Interno Bruto do mundo, à frente apenas da Arábia Saudita. Nesse levantamento, o órgão leva em consideração ainda a eficiência em edificações, indústria, transporte e esforços nacionais para se desenvolver, o que inclui outros tipos de fontes, como combustíveis. A desatualização de maquinário industrial, de lâmpadas e de eletrodomésticos é o principal motivo apontado por especialistas para o problema. Em reportagem da Folha de Londrina desta segunda-feira (22), analistas ouvidos pelo jornal indicam algumas soluções para reverter esse quadro. A eficiência energética passa pelo fortalecimento de políticas que ajudem a renovar o parque produtivo, por melhoria no processo de geração e transmissão de energia e por ações nas residências. Usar uma geladeira mais eficiente, lâmpadas mais econômicas, como as de LED, e racionalizar o uso de aparelhos elétricos é a tarefa de casa de cada cidadão. E tudo isso também passa por uma conscientização ambiental.