Os atentados terroristas a Paris em 2015 tiveram uma consequência econômica importante para a França. Segundo o Comitê de Turismo da Île-de-France, região onde fica a capital francesa, cerca de 1,5 milhão de turistas deixaram de ir à cidade luz em 2016. Os ataques assustaram principalmente os visitantes estrangeiros. Segundo o comitê, no ano passado os hotéis registraram queda total de 9% em suas reservas de visitantes em relação a 2015. Os turistas chineses provocaram o maior impacto, pois quase 270 mil deixaram de visitar Paris – uma diminuição de 21,5%. Mas no setor hoteleiro, o prejuízo maior veio da terra do sol nascente: os japoneses fizeram 225 mil reservas a menos em 2016, o que corresponde a uma queda de 41,2%. Russos, italianos, espanhóis e britânicos, que costumavam visitar com frequência a capital francesa, também escolheram outros destinos para viajar. Com isso, os famosos monumentos e centros culturais de Paris foram menos visitados, como o famoso Arco do Triunfo e os museus do Louvre, além do Castelo de Versalhes. Em comparação com 2016, o setor amargou perda total de 1,3 bilhão de euros. O mundo ficou chocado com os atentados promovidos por extremistas islâmicos na França, com explosões, atropelamentos, fuzilamentos em massa e uso de reféns. O relatório do comitê de turismo foi anunciado um dia depois que o Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês) divulgou um estudo sobre venda de armas. O fluxo de armamento em direção à Ásia, à Oceania e ao Oriente Médio aumentou nos últimos cinco anos, sendo que os maiores exportadores de armas, segundo o instituto, são Estados Unidos, Rússia, China, França e Alemanha. Mesmo considerando que o armamento segue para os governos aumentarem sua capacidade militar, o dado é preocupante. Nessas regiões que registraram aumento na importação estão países que tanto sofrem com as guerras e conflitos.