Os empresários paranaenses do setor da indústria estão mais otimistas com 2018 em comparação com a expectativa que tinham em relação a 2017. É o que mostrou a XXII Sondagem Industrial, levantamento realizado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) em conjunto com o Sebrae-PR. O resultado da pesquisa indica que os industriais estão com a compreensão de que o pior da crise já passou. O índice de empresários otimistas em relação ao próximo ano subiu de 55,11%, verificado ao final de 2016, para 63,57% agora. Outros 30,65% que participaram da sondagem se disseram em dúvida quanto ao cenário de 2018 e 5,78% afirmaram estar pessimistas. A expectativa positiva é um reflexo da projeção de crescimento global, levando em consideração que todos os continentes devem crescer no ano que vem. Assim, a indústria brasileira enxerga espaços para procurar novos mercados, uma sensação positiva que não depende do governo, mas do setor produtivo em buscar oportunidades. Durante a reunião de divulgação do relatório, as lideranças não pouparam críticas ao governo federal e a burocracia é uma das principais queixas. A sondagem também questionou o setor sobre as principais estratégias de crescimento para 2018. Em primeiro lugar ficou o desenvolvimento de negócios, com 53,77%. Infelizmente, apesar do otimismo, os empresários da indústria não acreditam que as ofertas de emprego aumentarão no próximo ano. Um sentimento que foi impactado, provavelmente, pela repercussão ainda tímida da Reforma Trabalhista, bastante questionada até mesmo pelo Judiciário. Mas uma última notícia, divulgada ontem, deve elevar ainda mais o otimismo não só da indústria, mas de outros setores produtivos. A economia paranaense teve um crescimento acima da média nacional, chegando a 2,9% no terceiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. Com a evolução, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social, o PIB do Estado alcançou R$ 101,675 bilhões. Já o Brasil cresceu 1,4% no mesmo período. E no acumulado do ano, a economia paranaense registrou alta de 2,1%, contra 0,6% do Brasil. A safra recorde ajudou na composição desse cenário no Estado e o impulso no consumo vem ajudando, com chances de melhorar também o otimismo no comércio e serviços.