Destinada à prevenção do câncer de próstata, a campanha Novembro Azul alerta sobre a doença que é considerada a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas.

Neste ano, segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve registrar 61,2 mil novos casos de câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

No Paraná, conforme a Secretaria de Estado da Saúde, a previsão é de aproximadamente cinco mil casos para 2017. Em Londrina, o Hospital do Câncer chega a operar cerca de 200 pacientes por ano, com tumores iniciais.

Como os homens carregam o estigma de não cuidarem da saúde como deveriam, não se consultando com médicos ou fazendo exames regularmente, a campanha tem o papel de fazê-los se preocupar mais com o assunto e adotarem o autocuidado como hábito.

O objetivo é promover o diagnóstico precoce. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que 20% dos pacientes descobrem a doença em estágios avançados, o que aumenta a taxa de mortalidade.

O problema, conforme especialistas, é que este tipo de câncer não apresenta sintomas no início e quando surgem os primeiros sinais, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, tornando a cura mais difícil.

Matéria publicada na Folha de Londrina, nessa segunda-feira (13), traz relatos de homens que enfrentam o problema. Um deles, de 61 anos, revela que já tinha feito exames de toque, mas só uma biópsia atestou o resultado. Além do diagnóstico precoce, a reportagem mostra a importância das sessões de fisioterapia no pós-operatório para promover a reeducação muscular e evitar a incontinência urinária.

Embora a sociedade venha passando por transformações, o diagnóstico precoce ainda esbarra no medo e no preconceito de parte da população masculina em relação ao exame de toque. Assuntos que devem ser constantemente trabalhados pelas campanhas de conscientização.