Cresce de forma expressiva no Brasil a população com 60 anos ou mais. De 19,6 milhões em 2010, o número de idosos deve saltar para 41,5 milhões em 2030, conforme as previsões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2050, serão 66,4 milhões. O envelhecimento populacional ficará mais evidente em 2030, quando a terceira idade deve superar em 2,2 milhões a quantidade de crianças e adolescentes no País. Esse fenômeno ocorre quando há um aumento da expectativa de vida e a queda de fecundidade. Até 1940, a expectativa de vida estava em torno dos 41 anos no Brasil, sendo a expectativa média de 36 anos para a população do Nordeste e de 49 anos para quem vivia no Sul do País. Já em 2014, a idade média da população saltou para 75 anos e a diferença entre as regiões caiu de 13 para cinco anos. Antigamente, as divergências entre as regiões do Brasil eram muito fortes e a pobreza nas cidades nordestinas puxava a qualidade de vida para baixo e, em consequência disso, também reduzia a expectativa de vida. Há ainda desigualdades, mas os avanços na área social ajudaram a elevar média de vida do brasileiro. Em Londrina, 12% da população já passou dos 60 anos. O índice equivale a mais de 70 mil idosos. Viver mais é importante, principalmente quando há qualidade de vida. Por isso, o envelhecimento da população implica em um maior planejamento e investimento na área de saúde. O fenômeno é mundial e o desafio é repensar um modelo de sociedade que atenda a população idosa nas questões sociais, culturais e também econômicas. É preciso agir rápido principalmente no aperfeiçoamento da Previdência Social que, no caso do Brasil, precisa de uma reforma urgente.