Subiu
Dólar

Desceu
Vale

Câmbio vai na contramão de tendência no exterior
O dólar se manteve no terreno positivo por todo o dia, batendo as máximas na reta final do pregão. Isso porque o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) vai julgar, a partir das 8h30 desta quarta-feira, 24, o recurso de Lula contra a condenação em primeiro grau no caso sobre o tríplex do Guarujá. O câmbio doméstico foi na contramão do exterior, já que a moeda americana voltou a exibir desempenho fraco ante divisas fortes e a maioria das emergentes nesta terça-feira, 23. O dólar à vista fechou em alta de 0,84%, a R$ 3,2359. O volume foi de US$ 868 milhões. A moeda americana para fevereiro terminou com ganho de 1,06%, a R$ 3,2410. O giro foi de US$ 19,412 bilhões.

Questão política contribui para realização de lucros
O Ibovespa operou descolado do exterior, com os investidores de olho mais para os riscos domésticos do que para as perspectivas positivas de crescimento global. As incertezas com relação ao julgamento do recurso da condenação em primeira instância do ex-presidente Lula serviram nesta terça-feira, 23, como mote para o movimento de realização de ganhos que acumulavam perto de 7% somente em janeiro. A desvalorização se deu em dia de alta do dólar frente ao real. O índice fechou aos 80 678,34 pontos com perda de 1,22%. O giro financeiro foi forte, de R$ 11,7 bilhões. Ainda assim, o Ibovespa está valorizado em 5,60% na conta do primeiro mês de 2018.

Petrobras cai mesmo com alta no preço do petróleo
Mesmo as notícias corporativas não contribuíram para fazer preço, segundo analistas. As ações da Petrobras oscilaram com recuo entre 1% e 1,5% e fecharam em quedas de 0,62% (ON) e 0,97% (PN), na contramão das cotações do petróleo no exterior. O desempenho negativo das empresas de siderurgia, liderados pela Vale, ocorreram pela queda de 3% no minério à vista, na China. Com a queda de 4,17%, Vale ON praticamente devolve a maior parte dos ganhos de janeiro e acumula variação de 1,52% no mês. O recuo do Ibovespa só não foi maior porque o bloco financeiro deu sustentação, à exceção de ItauUnibanco, que fechou com perdas. As blue chips bancárias acumulam alta de mais de 10% em janeiro.

Juros recuam no curto e avançam no longo prazo
Os juros futuros de longo prazo ampliaram a alta e renovaram máximas na última hora da sessão, também pela cautela com o julgamento sobre Lula. Além disso, contribuíram para a inclinação da curva o avanço do dólar e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de janeiro, abaixo da mediana das estimativas, o que deu um pequeno alívio aos contratos mais curtos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,900%, de 6,920% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 8,09% para 8,11%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,99%, de 8,93%. A taxa do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,72% para 9,78%.