Subiu
Ibovespa

Desceu
Vale ON

Alta mostra reflexo baixo de corte na nota de risco
O Ibovespa rompeu nesta terça-feira, 16, o nível dos 80 mil na pontuação intraday, mas perdeu o patamar perto do fim do pregão com a virada de mão do mercado acionário em Wall Street para o negativo. O índice à vista chegou a registrar 80.234,19 pontos, na máxima do dia, e fechou renovando recorde aos 79.831,76 pontos em leve alta de 0,10%. Ao testar a nova máxima histórica apenas oito pregões depois de ter passado a barreira dos 79 mil pontos, o índice mostra que os investidores deixaram no retrovisor tanto o rebaixamento da nota de crédito soberana pela agência de classificação de risco S&P Global quanto os alertas mais severos por parte da Moody's nessa semana.

Analistas veem peso com incertezas no campo político
Uma das exceções negativas foi a Vale ON, que recuou 2,69%. Segundo Fabricio Estagliano, analista-chefe da Walpires Corretora, apesar do contexto positivo, os agentes de mercado ainda trabalham com incertezas domésticas do ponto de vista político e a respeito da aprovação de reformas necessárias para o País, como a da Previdência. "Não há confiança suficiente para fazer o índice andar mais", disse. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que não será simples votar a reforma da Previdência neste ano e negou que tenha feito discurso pessimista em reunião com empresários, em Washington. Os deputados devem voltar a discutir o tema após o carnaval.

Dólar tem avanço apesar de realização de lucros
O dólar manteve-se em alta frente ao real por praticamente todo o pregão, seguindo o movimento no exterior, e fechou no patamar de R$ 3,22. Após perdas nos últimos dias, a moeda se recuperou ante moedas fortes, mas inverteu a direção e passou a cair ante o euro e o iene, em meio à realização de lucros na Bolsa de Nova York. A queda do petróleo no mercado internacional foi um fator de pressão sobre o câmbio de países emergentes, mas apenas o real e o rublo recuaram. O dólar à vista fechou em alta de 0,41%, a R$ 3,2272. O giro foi de US$ 587 milhões. No mercado futuro para fevereiro, terminou com ganho de 0,23%, a R$ 3,2310. O volume foi de US$ 15,440 bilhões.

Taxas de juros seguem câmbio com viés de alta
Os juros futuros terminaram a sessão regular com viés de alta nos principais contratos, alinhados ao movimento do câmbio. As taxas estiveram em alta desde a parte da manhã de terça-feira, 16, mas reduziram o ritmo na hora final dos negócios, quando algumas delas chegaram a ficar perto da estabilidade. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,900%, de 6,895% no ajuste anterior, e a taxa do DI para janeiro de 2020 fechou em 8,05%, de 8,02% na última segunda-feira. A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 8,86% para 8,89% e a do DI para janeiro de 2023, de 9,64% para 9,67%.