Subiu - Dólar futuro

Desceram - Juros futuros

Ibovespa amplia perdas após fala de Jucá



Índice fecha em queda de 1,22%
O mercado acionário brasileiro teve dois momentos distintos nesta quarta-feira (13), confirmando o cenário de volatilidade dos últimos dias. Pela manhã, o Índice Bovespa subiu até 1,09%, embalado pela definição do segundo julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela decisão do PSDB de fechar questão em favor da reforma da Previdência. À tarde, um conjunto de fatores tirou o fôlego do índice, que chegou a cair 1,69% após notícia de um acordo para adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro. Ao final do pregão, o índice teve queda de 1,22%, aos 72.914,33 pontos.

Dólar futuro firma alta e sobe 0,75%
O dólar futuro para janeiro acelerou os ganhos por volta das 17 horas, depois do senador Romero Jucá (PMDB-RR) anunciar o acordo para adiar a votação da reforma da Previdência para fevereiro. O dólar negociado para janeiro reagiu imediatamente e firmou alta com sucessivas máximas, atingindo
R$ 3,3375 (0,75%). O dólar à vista fechou em queda de 0,10%, a R$ 3,3228. Na máxima, atingiu R$ 3,3233 (-0,08%) e, na mínima,
R$ 3,2883 (-1,13%). No exterior, as atenções estavam voltadas para o banco central americano (Federal Reserve, Fed), que anunciou elevação de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros para faixa de 1,25% a 1,50%.

Combinação de vetores alivia prêmios da curva de juros
Os juros seguiram em queda até o fechamento da sessão regular. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,94%, de 6,98% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2020 caiu de 8,31% para 8,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou em 9,26%, de 9,31%, e a do DI para janeiro de 2023 terminou a 10,19%, de 10,25%. A marcação da data de julgamento do recurso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o fechamento de questão pelo PSDB em torno do apoio à reforma da Previdência e o resultado das vendas do varejo foram os principais vetores a trazer alívio aos prêmios na curva.

Data de julgamento de Lula influencia mercado doméstico
A data do julgamento de Lula, marcado para o final de janeiro, tem produzido efeito positivo nos mercados domésticos desde o final da tarde de terça. Na avaliação do mercado, a marcação da data mostra que o processo em segunda instância segue com celeridade, reforçando as apostas em nova condenação, o que pode inviabilizar sua candidatura no ano que vem. Além da política, o mercado também reagiu à agenda doméstica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou queda de 1,40% nas vendas do varejo ampliado em outubro, muito pior do que a mediana da estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, negativa em 0,20%, e perto do piso das expectativas (-1,70%).