Subiu
Petrobras

Desceu
Dólar

Somente decisão do Fed ameaça bom desempenho
A bolsa brasileira voltou a absorver movimentos de realização de lucros e fechou na quarta-feira, 20, bem perto da estabilidade, com leve viés de alta. O Índice Bovespa atingiu o pior momento à tarde, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Depois de ter caído até 1,18%, o índice voltou a mostrar fôlego e subiu 0,04% no fechamento, marcando 76.004,15 pontos. Com essa leve valorização, o indicador galgou novo recorde histórico e atingiu pela primeira vez o patamar dos 76 mil pontos no fechamento. Principal evento do dia, a decisão de política monetária do FED manteve inalteradas as taxas dos Fed Funds na faixa de 1% a 1,25%.

Petrobras dispara com preços internacionais
A queda observada ao longo do dia foi em boa parte amenizada pela disparada das ações da Petrobras no período da tarde. Os papéis da estatal tiveram diversos motivos para terminarem o dia com ganhos de 3,80% (ON) e de 4,82% (PN). Um deles foi a alta dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Além disso, o presidente da empresa, Pedro Parente, disse em Nova York que a abertura de capital da BR Distribuidora está avançando rapidamente. Ações do setor elétrico também operaram em alta, com a derrubada da decisão judicial que suspendia o leilão de pertencentes à Cemig. As ações ordinárias da Cemig subiram 1,59% e as da estatal Eletrobras avançaram 2,09% (ON) e 1,71% (PNB).

Dólar termina dia sem força e em baixa
O dólar desacelerou as perdas ante o real depois que o Fed deixou em aberta a possibilidade de alta de juros em dezembro. No entanto, a sinalização de fraqueza da inflação e o impacto dos furacões na economia do país deixaram os investidores reticentes e a moeda terminou em leve baixa. No mercado à vista, o dólar fechou em baixa de 0,13%, aos R$ 3,1305. O giro financeiro somou US$ 1,58 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1150 (-0,62%) e, na máxima, aos R$ 3,1392 (+0,14%). No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,13%, aos R$ 3,1305, e oscilou de R$ 3,1190 (-0,68%) a R$ 3,1440 (+0,11%). O volume financeiro movimentado somou cerca de US$ 18,80 bilhões.

Taxas de juros caem à espera de IPCA-15
Os juros futuros encerraram a sessão regular com taxas em baixa. O mercado não esboçou reação nem ao comunicado do Fed e segue com expectativas voltadas à divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) na quinta-feira, 21. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 (416.630 contratos) encerrou a 7,37%, ante 7,39% no ajuste de terça. A taxa do DI para janeiro de 2020 (288.930 contratos) caiu de 8,22% para 8,17%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (209.170 contratos) recuou de 8,88% para 8,82%; e a do DI para janeiro de 2023 (52.780 contratos), de 9,52% para 9,47%.