Cenário externo favorece valorização de ações
O Índice Bovespa teve na quarta-feira (16), a sua quarta alta consecutiva e se aproximou mais um pouco do patamar dos 69 mil pontos - melhor marca do ano Segundo profissionais do mercado, a valorização foi garantida pela manutenção do cenário externo favorável e pela percepção de que não houve surpresas no anúncio da revisão das metas fiscais de 2017 e 2018. O Ibovespa terminou o dia com avanço de 0,35%, aos 68.594,29 pontos. Vale ON terminou o dia em alta de 1,96%. Petrobras ON e PN tiveram baixas de 0,29% e 0,15%, respectivamente. Com as quatro altas consecutivas, o Ibovespa acumulou ganho de 2,39%. No mês, a valorização já chega a 4,06%.

Dólar segue desvalorização da moeda no exterior
O dólar acelerou as perdas ante o real - seguindo a desvalorização generalizada da moeda no exterior -, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed. O documento, considerado "dovish", destacou a fraqueza da inflação nos EUA, o que levou o mercado a projetar um atraso na continuidade de altas de juros no país. No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,86%, aos R$ 3,1473. O giro financeiro somou US$ 995 milhões. No mercado futuro, o dólar para setembro caiu 0,55%, aos R$ 3,1630. O volume financeiro movimentado somou US$ 18,51 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1550 (-0,80%) a R$ 3,1880 (+0,23%).

Juros futuros fecham perto da estabilidade
Os juros futuros fecharam a sessão perto da estabilidade, com viés de baixa em alguns contratos, num ambiente de liquidez reforçada pela reação do mercado às medidas fiscais anunciadas pelo governo na terça-feira (15) e pela ata da última reunião do Fed. Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2019 (198.540 contratos) fechou em 8,05%, de 8,06% no ajuste de terça. A taxa do DI para janeiro de 2020 (102.670 contratos) passou de 8,80% para 8,78%; a do DI para janeiro de 2021 (324.775 contratos) fechou em 9,37%, de 9,38%. E a taxa do DI para janeiro de 2025 (34.720 contratos) terminou estável em 10,25%.

Meta fiscal para 2019 e 2020 surpreende mercado
A revisão da meta fiscal de 2017 e 2018, para déficit de até R$ 159 bilhões, de até R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões anteriormente, era o cenário com que o mercado contava, mas houve desconforto e surpresa com a piora dos números para 2019 e 2020. Para 2019, a previsão passou de déficit de R$ 65 bilhões para déficit R$ 139 bilhões. Em 2020, foi de um superávit de R$ 10 bilhões para déficit de R$ 65 bilhões. "Esses números para 2019 e 2020 mais agressivos surpreenderam. O que atenuou foram as medidas de contenção de gastos e aumento de receitas e a S&P tirando o risco iminente de rebaixamento da nota", disse o diretor da Mapfre Investimentos, Carlos Eduardo Eichhorn.