Moeda americana fecha no patamar de R$ 3,14
O dólar se firmou em queda nesta quarta-feira (19), e conseguiu fechar no patamar de
R$ 3,14 - se aproximando da menor cotação desde 17 de maio (R$ 3,1340), quando estourou a crise política com a delação da JBS. Entre os motivos que contribuíram para a desvalorização estão o possível anúncio de imposto, alta do petróleo e um ambiente político mais tranquilo.
No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,19%, aos R$ 3,1493. O giro financeiro somou US$ 1,39 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto caiu 0,24%, aos R$ 3,1560. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1515(-0,37%) a R$ 3,1710 (+0,23%).

Dólar pode encontrar mais espaço para cair
Entre as forças que exerceram pressão sobre o câmbio está a possibilidade de anúncio de aumento de imposto. Especialistas de mercado estimam que o governo deve anunciar um aumento no PIS/Cofins sobre os combustíveis. O diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira, aponta que com a inflação mais baixa, um aumento do imposto sobre a gasolina não deve afetar o índice. Para um operador do mercado, o dólar pode encontrar mais espaço para cair. Enquanto isso, outros fatores seguem ajudando na retração da moeda americana. Além da alta de mais de 1% do petróleo, fatores técnicos continuam favorecendo o real.

Queda da bolsa é amenizada pelo desempenho das comodities
A perspectiva de um aumento de impostos para garantir o cumprimento da meta fiscal do ano teve impacto relevante no mercado de ações, contribuindo em boa parte para a baixa de 0,24% do Índice Bovespa, que terminou a quarta aos 65.179,92 pontos. Em contrapartida, a queda foi amenizada pelo bom desempenho de ações de commodities, em especial as da Petrobras, que acompanharam as altas do petróleo no mercado internacional. Petrobras ON e PN fecharam com ganhos de 1,76% e 2,24%, respectivamente. Os papéis da Vale foram beneficiados pela alta de 2,03% do minério de ferro no mercado à vista chinês. Vale ON terminou estável, enquanto Vale PNA subiu 0,18%.

Contratos de longo prazo têm baixas mais fortes
Os juros futuros encerraram a sessão regular em queda, que foi mais firme nos contratos de longo prazo negociados no segmento BM&F. A expectativa em torno do aumento de impostos é apontada como o principal vetor a aliviar os prêmios nos horizontes mais longos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (232.210 contratos) caiu de 8,645% para 8,600% e a do DI para janeiro de 2019 (278.315 contratos) fechou em 8,42%, de 8,51% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 (174.600 contratos) encerrou com taxa de 9,48%, de 9,58% no último ajuste Às 16h29, o dólar era negociado abaixo dos R$ 3,15, em R$ 3,1472 (-0,25%).