Dólar futuro (subiu)
Bolsa (desceu)

Tranquilidade na política e no exterior guiam dólar para baixo

Moeda americana fechou em R$ 3,1829

O início da semana de recesso parlamentar foi marcado por baixo volume de negociações no câmbio, com o dólar à vista fechando em leve queda nesta segunda-feira, 17. A divisa americana ficou sem tração durante toda a sessão, em dia sem novidades no campo político e no cenário externo. No mercado à vista, o dólar terminou em leve queda de 0,07%, aos R$ 3,1829. O giro financeiro somou US$ 1,19 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1773 (-0,24%) e, na máxima, aos R$ 3,1872 (+0,06%). No mercado futuro, subiu 0,08%, aos R$ 3,1920. O volume financeiro somou US$ 9,44 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1855 (-0,12%) a R$ 3,1960 (+0,20%).

Queda foi limitada pela desvalorização do petróleo

O diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira, explicou que o mercado se ajustou após as vitórias do governo na semana passada (reforma trabalhista e a rejeição do relatório a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer), em meio a uma certa perspectiva de evolução nas reformas. "A bolsa subiu, o dólar caiu para abaixo de R$ 3,20 e agora qualquer fato novo pode alterar, mas a tendência é o dólar ficar neste patamar durante o recesso." A queda do dólar foi limitada pela desvalorização de 1% do petróleo, após a estimativa de que a produção de óleo de xisto de sete grandes campos de petróleo nos Estados Unidos deve subir em agosto.

Bolsa começa a semana em baixa

Depois de cinco altas consecutivas, com as quais acumulou ganho de 5,0%, o Índice Bovespa cedeu a uma discreta realização de lucros e terminou o dia em baixa de 0,34%, aos 65.212,31 pontos. Com o noticiário político esvaziado pelo recesso parlamentar, o indicador oscilou em um estreito intervalo e o volume de negócios permaneceu reduzido. Foram movimentados R$ 8,8 bilhões, incluídos os R$ 3,25 bilhões do exercício de opções sobre ações. A queda foi determinada principalmente pelas ações da Petrobras, que acompanharam a desvalorização em torno de 1% dos preços do petróleo no mercado internacional.

Juros futuros confirmam movimento de queda

Os juros futuros confirmaram o movimento de queda visto desde a abertura da sessão. O declínio foi amparado na consolidação das apostas na queda de 1 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na redução do risco político e no clima externo ameno. A taxa do Contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (159.370 contratos) estava em 8,665% (máxima), de 8,670% no ajuste de sexta-feira, 14, e o DI para janeiro de 2019 (138.725 contratos) fechou em 8,55%, de 8,60% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou na mínima de 9,62%, de 9,70% no último ajuste, com 84.685 contratos.