Ausência de estrangeiros favoreceu correção dos preços
O feriado do Memorial Day nos Estados Unidos esvaziou o pregão na Bovespa, que movimentou nesta segunda-feira (29), menos da metade de um dia "normal". A ausência do investidor estrangeiro, que desde o início da crise política vem dando sustentação ao mercado brasileiro, favoreceu uma correção nos preços das ações. Assim, o Índice Bovespa terminou a sessão aos 63 760,94 pontos, com baixa de 0,51%. Os negócios totalizaram R$ 3,1 bilhões, bem abaixo da média diária de maio, de R$ 9,9 bilhões. A queda do dia foi atribuída pelos operadores a uma leve realização de lucros, uma vez que a Bovespa encerrou a semana passada com valorização.

Moeda americana se mantém no terreno positivo
O dólar à vista desacelerou à tarde a alta, mas manteve-se no terreno positivo. A direção para cima seguiu a registrada pelo dólar futuro de junho. O dólar à vista no balcão terminou em alta de 0,03%, a R$ 3,2684, após oscilar entre a mínima de R$ 3,2616 (-0,17%) e a máxima de R$ 3,2755 (+0,25%). O giro registrado na clearing da B3 foi de US$ 1,242 bilhão. No mercado futuro, o dólar para junho avançava 0,15% por volta das 17h35, a R$ 3,2675. O volume de negócios somava US$ 6,159 bilhões. No exterior, o dólar subia ante o dólar australiano (+0,24%); o dólar canadense (+0,02%); o rublo russo (+0,13%) e o rand sul-africano (+0,89%).

Juros futuros encerram em baixa
Os juros futuros encerraram em baixa firme a sessão regular do segmento BM&F, influenciados principalmente pelas expectativas para a política monetária de curto prazo. O volume de contratos negociados foi abaixo do padrão, refletindo a ausência de negócios em Nova York. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2017 (332.730 contratos) fechou na mínima, com taxa de 10,292%; a taxa do DI janeiro de 2018 (61.110 contratos) terminou também na mínima, de 9,265%, de 9,340% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (107.005 contratos) fechou com taxa de 9,26%, de 9,36%, e a taxa do DI janeiro de 2021 (82.020 contratos) caiu de 10,49% para 10,35%.

Crise política influencia a sessão regular
A queda das taxas foi definida no período da tarde, quando as taxas zeraram a pressão de alta vista ao longo da manhã. O noticiário da crise política dos últimos dias pesou na primeira parte dos negócios, com o mercado avaliando o pedido de demissão da presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Maria Silvia Bastos e a troca do ministro da Justiça, com Torquato Jardim no lugar de Osmar Serraglio. Mas depois foi absorvido, dando lugar às expectativas para a política monetária como principal vetor a conduzir os negócios. As apostas de corte de 1 ponto porcentual na taxa básica já são quase um consenso para a reunião de maio.