Dólar
sobe

Petrobras
desce

Queda do petróleo interrompe sequência de altas da bolsa
A queda dos preços do petróleo roubou a cena no período da tarde e interrompeu aquele que seria o terceiro dia consecutivo de alta no mercado brasileiro de ações. Sem que o investidor tirasse a crise política do radar, o Índice Bovespa chegou a subir 1,16% pela manhã, mas inverteu a tendência e caiu até 0,78% à tarde, influenciado em boa parte pelas perdas do petróleo. O movimento de baixa chegou a ser neutralizado pontualmente na última hora de negociação e o índice fechou perto da estabilidade, aos 63.226,78 pontos, em baixa de 0,05%. O volume de negócios foi de R$ 8,5 bilhões, o mais baixo desde a deflagração da mais recente crise política.

Ações da JBS registram a maior alta da carteira do Ibovespa
Os contratos futuros de petróleo tiveram quedas superiores a 5% nas bolsas de Nova York e Londres. As ações da Petrobras, que chegaram a subir pela manhã, terminaram o dia com perdas de 2,36% (ON) e de 1,43% (PN). Já Vale ON e PNA subiram 0,65% e 0,58%, apesar da queda do minério de ferro. Mas foram as ações da JBS o grande destaque do dia, com alta de 22,54%, de longe a maior alta da carteira do Ibovespa. Em princípio, a valorização é relacionada à expectativa de venda de ativos, a partir da notícia de que a holding J&F contratou o Bradesco BBI para vender a Alpargatas, a Eldorado e a Vigor. Os papéis, no entanto, ainda são alvo de diversas especulações.

Dólar sobe 0,07% com oscilações do petróleo no cenário externo
Pela primeira vez desde o início da crise Michel Temer x JBS, o câmbio teve uma sessão guiada principalmente pelo cenário externo. Em meio a uma ausência de notícias concretas no cenário político, as fortes oscilações do petróleo acabaram dominando as atenções dos investidores. O dólar à vista no balcão subiu 0,07%, fechando a R$ 3,2826, após oscilar entre a mínima de R$ 3,2636 (-0,51%) e a máxima de R$ 3,2982 (+0,54%). O giro registrado pela clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,269 bilhão. O dólar futuro para junho avançava 0,05% por volta das 17h15, a R$ 3,2835. O volume de negócios era de US$ 14,549 bilhões.

Juros futuros refletem postura mais cautelosa diante do dólar
Os juros futuros encerraram o dia perto dos ajustes da sessão anterior, refletindo uma postura mais cautelosa do mercado diante do avanço do dólar, e também uma pausa para avaliação sobre as várias possibilidades de desfecho da crise política. Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 fechou na mínima, com taxa de 10,400%, de 10,421%, com 410.520 contratos. A taxa do DI janeiro de 2018 (160.760 contratos) terminou em 9,540%, de 9,555%, e a do DI janeiro de 2019 (200.965 contratos) fechou em 9,65%, de 9,67%. O DI janeiro de 2021 (170.550 contratos) encerrou a 10,68%, de 10,67%.