Subiu
JBS ON

Desceu
Dólar

Impulso vem de cenário mais tranquilo e alta do petróleo
As incertezas quanto ao futuro político do País continuaram a influenciar os negócios no mercado brasileiro de ações nesta terça-feira, 23, mas não impediram um movimento técnico de recuperação do Índice Bovespa. O indicador terminou o dia em alta de 1,60%, aos 62.662,48 pontos. O volume de negócios com ações na B3 somou R$ 9,6 bilhões. Segundo analistas, a recuperação foi favorecida por um cenário interno um pouco mais tranquilo e por influências externas positivas, como a alta do petróleo e das bolsas de Nova York. No entanto, acreditam que a volatilidade deve continuar a permear os negócios na renda variável até um desfecho para a crise política em torno do presidente Michel Temer.

Avanços das blue chips e da JBS indicam correção
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta foi de JBS ON, pivô da crise política e envolta em uma série de especulações, que subiu 9,70%. É uma pequena recuperação, já que somente no pregão anterior a ação havia caído 31,34%. No acumulado do mês de maio, JBS ON tem perda superior a 35%. As ações da Petrobras tiveram um dia de ganhos (+0,77% na ON e +0,67% na PN), contando ainda com a ajuda da alta do preço do barril de petróleo. As da Vale subiram 1,22% (ON) e 0,64% (PNA), apesar da queda do minério de ferro no mercado à vista chinês. Os papéis do setor financeiro avançaram em bloco, com destaque para Banco do Brasil ON (+2,26%).

Câmbio oscila em margem estreita e tem queda leve
Enquanto não existem sinais claros sobre qual será o futuro político do País, os investidores tentam aprender a viver com a incerteza. O dólar teve uma sessão volátil, mas oscilou em margens estreitas, e terminou em queda leve. Permeia os mercados uma percepção de que a atual equipe econômica pode ser mantida, seja qual for o governo. O dólar à vista no balcão caiu 0,19%, fechando a R$ 3,2655, entre a mínima de R$ 3,2566 (-0,46%) e a máxima de R$ 3,2878 (+0,50%). O giro registrado pela clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,157 bilhão. O dólar futuro para junho recuava 0,14% por volta das 17h15, a R$ 3,2725. O volume de negócios era de US$ 17,983 bilhões.

Taxas de juros voltam à trajetória de queda
Os juros futuros retomaram a trajetória de queda da qual haviam se desviado na segunda-feira, dada a percepção de que haverá uma transição ordenada de poder caso Temer deixe o cargo. A avaliação é de que o câmbio segue bem comportado e favorece o alívio de prêmios na curva a termo. Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (225.510 contratos) fechou na mínima, com taxa de 10,473%, de 10,559% no ajuste de segunda. A taxa do DI janeiro de 2018 (240.635 contratos) caiu de 9,745% para 9,605% e o DI janeiro de 2019 (583.860 contratos) encerrou a 9,89%, de 10,23%. O DI janeiro de 2021 (344.085 contratos) fechou com taxa de 11,03%, de 11,55%.