Moeda fechou a R$ 3,1741, maior valor desde 9 de março
O dólar teve mais um dia de alta firme ante o real nesta quarta-feira, 26. O receio com o andamento das reformas estruturais, que já havia impulsionado a divisa norte-americana na véspera, continuou incomodando os investidores. Além disso, o anúncio do ousado plano de reforma tributária de Donald Trump nos Estados Unidos favoreceu o dólar. À vista no balcão, a moeda fechou em alta de 0,69%, a R$ 3,1741, o maior nível de fechamento desde 9 de março (R$ 3,1945). Durante a sessão, chegou a tocar R$ 3,2075, o patamar intraday mais elevado desde 19 de janeiro (R$ 3,2296). Por volta das 17h15, o dólar futuro para maio avançava 0,81%, a R$ 3,1760.

Bolsa fica em compasso de espera de olho no Congresso
O mercado brasileiro de ações operou sob compasso de espera, que acabou por limitar as oscilações do Índice Bovespa. As atenções se voltaram principalmente à tramitação da reforma trabalhista no plenário da Câmara. Após alternar altas e baixas ao longo de todo o pregão, o Índice Bovespa acabou por fechar em baixa de 0,44%, aos 64.861,92 pontos. Na análise por ações, os papéis da Petrobras tiveram forte influência nas oscilações. Os papéis refletiram a volatilidade dos preços do petróleo e também os temores de risco político interno. Ao final dos negócios, Petrobras ON e PN terminaram nas mínimas do dia, com quedas de 1,77% e 2,37%, respectivamente.

Ações do Santander e do Itaú Unibanco fecham em alta
As ações da Vale, que operaram no vermelho durante todo o pregão, também terminaram nas mínimas, com baixas de 2,19% (ON) e de 1,98% (PNA). O setor financeiro, bloco de maior peso na composição da carteira do Ibovespa, teve desempenho essencialmente positivo, influenciado pelo bom resultado de Santander Brasil, divulgado no início do dia. Mas os preços perderam fôlego ao longo do dia. Enquanto as units do Santander subiram 1,41%, as preferenciais do Itaú Unibanco subiram 0,18%. Já Banco do Brasil ON caiu 1,20%.

Juros desaceleram; taxa DI termina em 9,515%
Os juros futuros desaceleraram o avanço no período da tarde desta quarta-feira, fechando bem próximos dos ajustes de terça-feira. Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 (246.670 contratos) fechou em 9,515%, de 9,530% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2019 (300.450 contratos) terminou em 9,41%, de 9,42%. O DI janeiro de 2021 (289.170 contratos) encerrou com taxa de 10,07%, de 10,06%. Como o mercado está apostando na aprovação das reformas, principalmente a da Previdência, os investidores acompanham com lupa todas as movimentações dentro do Congresso para avaliar em que medida devem reduzir ou ampliar suas posições vendidas.