Avanço da moeda americana foi ameno na semana
O dólar fechou em alta pelo terceiro dia seguido ante o real nesta quinta-feira (20). Ainda assim, o avanço nesta semana encurtada foi ameno, já que na segunda-feira a queda havia sido forte. Predominou na quinta uma sensação de aversão ao risco. O dólar à vista no balcão terminou com alta de 0,29%, a R$ 3,1553, após oscilar entre a mínima de R$ 3,1339 (-0,39%) e a máxima de R$ 3,1710 (+0,79%). Na semana, avançou 0,28%. O giro registrado na clearing de câmbio da B3 foi de US$ 940,645 milhões. No mercado futuro, o dólar para maio avançava 0,24% por volta das 17h15, a R$ 3,1645. O volume financeiro somava US$ 14,230 bilhões.

Bolsa teve desempenho modesto e fechou em alta de 0,56%
A cautela do investidor limitou os ganhos do Índice Bovespa nesta quinta-feira, que antecede o feriado de Tiradentes. Enquanto as ações de empresas ligadas a commodities avançaram, reduzindo perdas recentes, os papéis do setor financeiro continuaram no terreno negativo, num sinal de que o risco político segue elevado no cenário doméstico.O índice Bovespa, que chegou a subir 1,19% pela manhã, perdeu fôlego gradativamente no decorrer da tarde e fechou com ganho bem mais modesto, de 0,56%, aos 63.760,61 pontos. No acumulado da semana mais curta, o indicador contabilizou alta de 1,49%. No mês, no entanto, há perda de 1,88%.

Juros encerram a sessão regular perto da estabilidade
Os juros futuros encerraram a quinta-feira perto da estabilidade, com viés de alta nos contratos de longo prazo. As preocupações em torno da reforma da Previdência e o avanço do dólar se contrapuseram à agenda de indicadores desta quinta, em tese favorável ao recuo das taxa. Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (347.515 contratos) fechou com taxa de 9,545%, de 9,555% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2019 (321.070 contratos) encerrou em 9,38%, estável ante o ajuste de quarta. O DI janeiro de 2021 (185.945 contratos) terminou em 9,94%, de 9,93%.

Saldo do Caged influenciou os juros
"O mercado segue tenso com a questão da Previdência, mas o IPCA-15 ajudou a limitar o movimento (de alta), ao reforçar a ideia de que há espaço para a Selic continuar cedendo no curto prazo", disse o estrategista-chefe da CA Indosuez Brasil, Vladimir Caramaschi. A reação das taxas ao IPCA-15 de abril, de 0,21%, abaixo da mediana das estimativas (0,27%), foi modesta e mais visível no início da sessão regular. Ainda pela manhã as taxas passaram a ficar pressionadas pelas operações relacionadas ao leilão de prefixados do Tesouro e à tarde renovaram máximas. O avanço perdeu força após a divulgação do saldo do Caged de março.