Subiu
Vale

Desceu
Juros

Discurso gradualista nos EUA derruba câmbio
O mercado de câmbio se preparava para uma postura mais hawkish do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), mas se surpreendeu nesta quarta-feira, 15, com o tom gradualista da presidente da instituição, Janet Yellen, e experimentou uma forte correção de baixa. O movimento foi impulsionado ainda pela melhora na perspectiva do rating do Brasil, anunciada pela Moody's. O dólar à vista no balcão terminou com queda de 2,22%, a R$ 3,1027, após oscilar entre R$ 3,0987 (-2,35%) e R$ 3,1779 (+0,15%). A queda porcentual foi a maior desde 28 de junho de 2016 (-2,57%). O giro registrado foi de US$ 1,158 bilhão. No mercado futuro, caía 2,10% por volta das 17h15, a R$ 3,1185.

Bovespa segue alta de pares norte-americanos
No dia em que o Fed elevou as taxas de juros norte-americanas em 0,25 ponto percentual, a Bovespa teve uma sessão de ganhos expressivos. A reação positiva foi justificada pela sinalização de que o Fed manterá o gradualismo. As bolsas americanas e emergentes responderam com alta e o Índice Bovespa terminou o dia com ganho de 2,37%, aos 66.234,87 pontos. Os negócios somaram R$ 9,89 bilhões. "A sinalização de manutenção do gradualismo fez despencar as taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA), elevou as bolsas americanas, derrubou o dólar, animou o petróleo e beneficiou os mercados emergentes", disse William Castro Alves, diretor da Valor Gestora de Recursos.

Apetite por risco favorece papéis de commodities
A alta na bolsa foi generalizada, mas teve como destaque as commodities, que refletem as oscilações das matérias-primas e o apetite por risco do investidor estrangeiro. Os preços do petróleo aceleraram o ritmo de alta com que operanvam e levaram Petrobras ON e PN a fechar com ganhos de 2,64% e 4,49%, respectivamente. As ações da Vale, que já vinham em forte recuperação, por conta da alta dos preços do minério de ferro, pegaram carona na melhora de apetite do investidor e subiram 6,90% (ON) e 6,92% (PNA). Analistas, no entanto, alertam que os desdobramentos e especulações em torno da entrega da "lista de Janot" devem ser o principal foco de instabilidade nos próximos dias.

Taxas de juros caem ao longo de toda a curva
Os juros futuros encerraram em queda ao longo de toda a curva, em reação ao comunicado da decisão do Fed. Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (282.860 contratos) encerrou a 11,195%, de 11,225% no ajuste de terça-feira. A taxa do DI janeiro de 2018 fechou em 9,975%, de 10,050% no ajuste anterior, com 206.735 contratos. A taxa do DI janeiro de 2019 (230.660 contratos) caiu de 9,60% para 9,49%. O DI janeiro de 2021 terminou com taxa de 9,95%, de 10,07%, com 236.980 contratos. Por fim, a taxa do DI janeiro de 2023 (43.965 contratos) caiu de 10,36% para 10,23%.