Petrobras
sobe

Banco do Brasil ON
desce

Prisão de Cunha roubou cena na sessão de ontem
Depois de quatro sessões consecutivas de ganhos, o Índice Bovespa cedeu à realização de lucros e fechou em baixa de 0,43%, aos 63.505,60 pontos. Num dia em que as atenções se concentravam principalmente nos eventos de política monetária dos Estados Unidos e do Brasil, a notícia da prisão do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acabou por roubar a cena. A cautela com a prisão de Cunha esteve relacionada ao temor de que ele possa comprometer integrantes da base aliada do governo - incluindo o próprio presidente Michel Temer - em um eventual acordo de delação premiada.

Queda foi limitada por ações da Petrobras
Pela manhã, o Ibovespa chegou à máxima de 64.088,99 pontos (+0,48%), mas a alta não se sustentou e o índice passou a oscilar entre a estabilidade e o terreno negativo, até a notícia da prisão de Eduardo Cunha consolidar o viés de baixa. O movimento também foi limitado pelas ações da Petrobras, que operaram em alta durante todo o dia. Ao final do pregão, Petrobras ON e PN subiram 1,06% e 1,15%, respectivamente. Vale ON e PNA caíram 0,80% e 1,10%. Itaú Unibanco PN caiu 1,63% e Banco do Brasil ON perdeu 1,85%. O volume de negócios na bolsa brasileira somou R$ 7,9 bilhões, menor que os R$ 9,8 bilhões do movimento da véspera.

Dólar fecha em baixa de 0,44%
O dólar fechou em queda frente ao real no nível de R$ 3,16 no mercado à vista. A divisa encerrou em baixa de 0,44%, aos R$ 3,1675. Na mínima do dia, atingiu R$ 3,1650 (-0,52%). De acordo com dados da clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,115 bilhão. Lá fora, o dia foi marcado por elevação acentuada dos preços de petróleo e pelo reforço na perspectiva de que o aperto monetário do Fed será gradual. Domesticamente, continuou o otimismo com o andamento das medidas de ajuste fiscal e com uma futura recuperação econômica. Entretanto, o ambiente positivo para o câmbio foi limitado por alguma preocupação com o cenário político.

Juros refletem expectativa de queda da Selic
Os juros futuros encerraram a sessão em queda, refletindo as apostas de que o Copom daria início ontem ao ciclo de queda da Selic, e também o aumento do otimismo dos investidores com o Brasil. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 movimentou 581.295 contratos e fechou com taxa de 13,602%, de 13,635% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 (248.935 contratos) terminou na mínima, com taxa de 11,92%, ante 11,99%. A taxa do DI janeiro de 2019 (238.550 contratos) caiu de 11,33% para 11,25%. O DI janeiro de 2021 (150.750 contratos) encerrou com taxa de 11,09%, de 11,19%.