Amnésia, força política
Requião em programa radiofônico baixou o sarrafo em Beto Richa, acusando-o de haver quebrado o Paraná quando sua contribuição é dominante para dificuldades atuais como a dívida trabalhista nos portos de R$ 500 milhões contraída na gestão de Mario Lobo no seu primeiro governo sem falar no caos previdenciário e na sequela da guerra infantil contra os transgênicos. Paga o governo atual por sua incompetência em não ter sabido identificar tal herança.
Amnésia do público é o forte dos políticos: Requião derrotou José Richa acusando-o de receber a sua aposentadoria que mais tarde tanto ele quanto Alvaro Dias (que exploraram massivamente o tema) reivindicaram. Como diz a francesa "a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude".

Inativos
Uma corrente tecnoburocrática no governo quer restabelecer a diferença salarial entre ativos e inativos, cuja paridade foi adotada por José Richa, o pai, autor da iniciativa também do 13º.

Socorro
Como não há obras importantes no Litoral até para o público esquecer da ponte sobre a baía de Guaratuba, o ferry boat promete ao menos dar os horários nos chamados momentos de "pico". Já os boletins de balneabilidade sairão todas as sextas feiras a partir de dezembro quando também teremos a Operação Praias com a mobilização de sempre: ontem houve dois afogamentos no Litoral.

Engorda
Do papo de Beto Richa com a presidente sabe-se que foi tratado da engorda da praia de Matinhos. A daqui é prometida desde Lerner e em Santa Catarina nesse mesmo tempo Piçarras (duas vezes) e Barra Velha adotaram a medida com êxito.
Há projetos antigos em arquivos como esse, ora ressuscitado. Esperar algo da nova geração é difícil para não dizer impossível.

Transparência
A partir da semana que vem estará aberta ao público a exposição salarial de funcionários e dirigentes do município de Curitiba. Transparência demais, segundo alguns, pode até cegar por ser meridiana, solar em excesso.

Folclore
Cândido Gomes Chagas era um "vereador" voluntário da cidade: pedras soltas do petit pavet, petiscarias sem exaustor jogando mau cheiro e gordura nos transeuntes lá estava em pregação. Um dia escorregou no calçadão e xingou o judeu prefeito. Foi alertado que o burgomestre era Taniguchi, aí corrigiu: "mas parece que a Marina, a esposa, é". Nada de etnofobia, pois Candinho tinha amigos israelitas inclusive Júlio Lerner, irmão do Jaime, que chamava, debochando, de "Lerner confiável" só para sustentar bronca antiga. Jaime dizia que o Candinho era seu "inimigo de estimação". Se Candinho vivo estivesse levaria à loucura a diretoria do coxa, do qual era conselheiro com a ameaça do purgatório da série B. Como faz falta!

Ativismo
O Tribunal de Contas exige devolução de R$ 4 milhões da Empresa de Obras Públicas Municipal, dá uma dura na Urbs na licitação dos ônibus e mostra-se contra o 13º salário em Curitiba. A Câmara Municipal reage: vai ao STF para defender a constitucionalidade do feriado da Consciência Negra e briga pelo 13º. A propósito dia 20 sai o confronto da consciência rubro-negra na primeira partida da Copa Brasil entre Atlético Paranaense e Flamengo.

Didática
Manchetes desta FOLHA: a de ontem "só 2,81% das grandes obras do País estão no Paraná". A de domingo passado: "Paraná tem 3% menor índice do País" em instituições federais do ensino. Engajamento na causa regional.