Limpeza geral na PGR
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que tomou posse na segunda-feira (18), oficializou os nomes de oito integrantes que passam a compor de forma permanente o Grupo de Trabalho da Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República). A nova procuradora fez uma limpeza geral e manteve apenas dois procuradores que atuavam no grupo na gestão anterior, de Rodrigo Janot. Outros cinco membros da equipe de Janot - que tinha dez, no total - continuam no Grupo de Trabalho só por mais 30 dias, em um período de transição. Vencido esse prazo, segundo a assessoria da PGR, poderá haver novas nomeações para o grupo permanente. Os nomes foram publicados nessa terça (19) no "Diário Oficial da União".

Atribuições dos procuradores
Raquel Dodge também especificou na portaria as atribuições dos membros do Grupo de Trabalho da Lava Jato. Eles atuarão em regime de dedicação exclusiva, poderão tomar depoimentos, participar de audiências judiciais, solicitar documentos que auxiliem na investigação e participar da celebração de acordos de delação premiada. As funções são similares às da gestão anterior. O Grupo de Trabalho da Lava Jato será composto, de forma permanente, pelos procuradores Herbert Reis Mesquita, José Alfredo de Paula Silva (coordenador), José Ricardo Teixeira Alves, Luana Vargas Macedo, Marcelo Ribeiro de Oliveira, Raquel Branquinho, Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento Costa. Os dois últimos, Noleto e Costa, são os remanescentes do antigo grupo nomeado por Janot.

Cidadão londrinense
A Câmara Municipal de Londrina entrega nesta quarta-feira (20) o título de Cidadão Honorário ao empresário e engenheiro agrônomo Oswaldo Pitol. Radicado em Londrina desde 1972, Pitol é um dos fundadores da Herbitécnica Defensivos Agrícolas, que mais tarde transformou-se em Milenia Agrociências, adquirida em 2001 pelo grupo israelense Makhteshim Agan, detentor da marca global Adama. Iniciativa do vereador Vilson Bittencourt (PSB), a honraria será concedida durante sessão solene da Câmara, a partir das 20 horas.

Repasses para a infância
O projeto de lei 505/2017, que reorganiza a política da infância e adolescência, recebeu pedido de vista ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná. Os deputados Tadeu Veneri (PT) e Claudia Pereira (PSC) pediram mais esclarecimentos sobre o conteúdo do texto. Por tramitar em regime de urgência, ele será analisado novamente hoje, às 13h30, em reunião extraordinária.

Conteúdo
A mensagem propõe o que o governador Beto Richa (PSDB) chama de "desburocratização" da aplicação de verbas destinadas à área. A ideia é evitar que programas sejam interrompidos em função dos impedimentos da legislação eleitoral. No texto, ele não dá detalhes, mas diz ser necessário adequar procedimentos de financiamento da política pública, com a finalidade de "proporcionar a execução célere e efetiva de recursos financeiros".

Polêmica
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado e as organizações não governamentais que compõem o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), contudo, já se manifestaram contra a medida, temendo "desvio de competência e criticando falta de diálogo". Órgão paritário, isto é, metade governo e metade sociedade civil, o Cedca é o responsável legal por formular, deliberar e controlar ações referentes ao público infantojuvenil, incluindo a execução orçamentária. A verba da infância é considerada carimbada, ou seja, não pode ir para outras pastas do governo.

Amor ao queijo de minas
O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG), já entrou para o rol dos políticos folclóricos do País. Indignado com a Vigilância Sanitária carioca que apreendeu queijos em pontos de venda de comida no Rock in Rio, Ramalho fez um ato de desagravo. "Como a vaca é sagrada para o indiano, em Minas temos o queijo como sagrado", disse o deputado mineiro. EM três dias de festival, a Vigilância aplicou 41 multas e inutilizou 610 quilos de alimentos.
Foram jogados no lixo sanduíches, queijos, linguiças, embutidos, cogumelos, churros, carne de sol, especiarias e hambúrgueres considerados impróprios para consumo. "Eu como queijo desde criança, nunca adoeci nem morri comendo queijo. Nunca ouvi falar que queijo artesanal matasse ou adoecesse ninguém", protestou ele.

Sem-teto x Temer
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) protestou na tarde dessa terça-feira (19) em frente ao escritório da Presidência em São Paulo, na Avenida Paulista, em protesto contra a política econômica do governo Temer. A manifestação fez parte da "Jornada por Moradia e Trabalho", que aconteceu em outras dez cidades. A marcha saiu da estação da Luz, no centro, e tinha como objetivo chegar ao Ministério da Fazenda, nas proximidades. Ao encontrar as portas do prédio fechadas, o líder Guilherme Boulos sugeriu, do carro de som, continuar a caminhada até o escritório. "O Ministério da Fazenda abre a porta para banqueiro e fecha a porta para o povo. Se a gente quisesse dar uma puxadinha nessa porta a gente fazia", disse Boulos. "Já que o porco não quis nos receber, vamos para a casa do dono dos porcos", continuou, ovacionado pela multidão que gritava "Fora, Temer".