Falta de segurança
A falta de segurança nas escolas de Londrina será tema de reunião pública hoje, às 14 horas, na Câmara Municipal, por iniciativa da Comissão de Educação, Cultura e Desporto e pela Comissão de Segurança Pública. O presidente da comissão, Amauri Cardoso (PSDB), comentou que neste ano duas escolas da região leste foram assaltadas e "tivemos professoras passando pelo trauma de ter armas apontadas para suas cabeças e seus carros levados". Também houve dois casos de violência em estabelecimentos na zona norte, além de constantes arrombamentos em escolas e creches da cidade. "As ocorrências estão acima da média",
concluiu o vereador.

Nascituro
Um público superior a 300 pessoas lotou as galerias e a sala das sessões da Câmara na segunda-feira à noite para discutir o projeto de lei que cria o Dia do Nascituro no Município. O debate foi marcado por discursos acalorados, vaias e aplausos entre as mais de 50 manifestações. Na sessão de ontem, o vereador Filipe Barros (PRB), que coordenou a reunião, reclamou de ofensas pessoais. Ele foi chamado, por exemplo, de fascista por pessoas que estavam nas galerias se manifestando contra o projeto. "Houve ofensas pessoais a este vereador e a esta Casa. É engraçado que as pessoas que gritam a todo momento que querem mais tolerância e mais respeito são as mesmas que mais insistentemente desrespeitam aqueles que têm opinião contrária". Ele também proferiu críticas contra Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil.

Assembleia Geral da CMTU
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) publicou ontem edital de convocação para assembleia geral ordinária de acionistas para uma tomada de contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações contábeis do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2016; deliberar sobre o resultado do exercício; eleger membros do Conselho Fiscal e fixar as suas remunerações; e outros assuntos de interesse social. A assembleia será no dia 27 de abril, às 10 horas, na sede da CMTU.

Direitos humanos
O prefeito Marcelo Belinati recebeu ontem o relatório elaborado na Conferência Municipal dos Direitos Humanos, que ocorreu no ano passado em Londrina. A conferência, que foi convocada pelo governo estadual, levantou propostas e demandas através da participação de representantes de movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada. Há demandas apresentadas por representantes dos movimentos indígena, negro, LGBT, de pessoas com deficiência, religiões de matriz africana, artistas de rua e de mulheres. "O Município está em um momento financeiro muito delicado, e estamos analisando todas as áreas para termos consciência de todas as dificuldades. Vamos manter esse diálogo para construir ao longo do ano essas mudanças", afirmou Belinati.

Ex-assessor de Janene
O desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), negou habeas corpus (HC) a Roberto Brasiliano da Silva, ex-assessor parlamentar, preso preventivamente dia 17 deste mês durante a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A defesa alegava falta de fundamentação no decreto prisional expedido pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba. Segundo o desembargador, a defesa se precipitou ao impetrar o HC diretamente no TRF4, sendo incabível sua apreciação antes do juiz
de primeira instância.

Dilma e Lula
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga uma suposta obstrução de justiça envolvendo os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, além de dois integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso tramita sob sigilo e a informação foi por fontes com acesso à investigação para a reportagem do Estadão. Com a decisão, Fachin também atende o parecer da PGR para manter a tramitação do caso no Supremo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, indicou ao STF as diligências que deseja cumprir, como ouvir o empresário Marcelo Odebrecht.

O caso
O caso está na STF porque, no mesmo inquérito, são investigados os ministros do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e Francisco Falcão, que possuem foro no STF. No inquérito, investigadores analisam suposta tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato pela então presidente Dilma, pelo ex-presidente Lula, ex-ministros de Estado e ministros do STJ. São indicados três fatos na investigação: a nomeação de Lula para o cargo de ministro chefe da Casa Civil por Dilma; a indicação do ministro Marcelo Navarro para o STJ, em episódio que envolve o ex-presidente da Corte, Francisco Falcão; e uma conversa gravada entre Mercadante e um assessor do senador cassado Delcídio Amaral no Senado após a prisão do ex-parlamentar. Em delação premiada, Delcídio disse que a nomeação de Navarro para o STJ fez parte de uma tratativa para conceder liberdade ao empreiteiro Marcelo Odebrecht, que tinha habeas corpus a ser julgado pela Corte. Os investigados negam as acusações e a participação em tratativas para obstruir a Justiça.