Transição em Londrina
A Comissão de Transição passou a tarde de sexta-feira (21) em reunião, na Prefeitura de Londrina, para tratar das finanças municipais para o ano que vem. O primeiro a apresentar os dados ao grupo do prefeito eleito Marcelo Belinati (PP) foi o secretário de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Daniel Pelisson. Depois foi a vez do secretário de Fazenda, Paulo Bento. As equipes da Controladoria Municipal e da Caapsml devem participar das reuniões na semana que vem. Ao final, Marcelo Canhada, coordenador do grupo da próxima gestão, preferiu não conceder entrevista antes de discutir os números com os demais integrantes da equipe.

Greca pede perícia em chácara
Suspeito de furtar peças de um museu municipal, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), que concorre ao cargo novamente no segundo turno no próximo dia 30, pediu à Justiça uma perícia em sua chácara na região metropolitana. É lá que, conforme suspeita a prefeitura, pode estar parte do acervo desaparecido do museu Casa Klemtz, em 1995, época em que Greca era prefeito. O pedido de perícia foi feito no mesmo dia em que uma ação popular, movida por advogados que pedem a devolução dos bens à prefeitura, foi divulgada à imprensa.

Investigação suspeita
A defesa de Greca argumenta que a investigação feita pela Prefeitura de Curitiba, aberta um dia depois da reportagem da Folha de S.Paulo, em meio à disputa eleitoral e anos após o sumiço das peças, mostra um "flagrante abuso de poder político". O atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), concorria à reeleição. Ele acabou fora do segundo turno, disputado por Greca e pelo deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Os advogados pedem a produção de um laudo "imparcial, através de perito isento".

Ao arquivo
A promotora de Defesa do Patrimônio Público Sandra Regina Koch arquivou inquérito que investigava possível ato de improbidade administrativa na gestão do ex-prefeito Barbosa Neto (2009-2012) ao utilizar as cores vermelho, branco e azul em pinturas de obras públicas da cidade. As cores são as mesmas do PDT, partido a que pertencia Barbosa, informou a assessoria de Barbosa. A Promotoria investigou obras construídas ou reformadas naquela gestão e não encontrou "qualquer identificação como nome, símbolo ou imagens que liguem as ações administrativas a pessoa do então prefeito de Londrina", concluindo que "não houve irregularidades".

Inelegível
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná manteve decisão da 104ª Zona Eleitoral que indeferiu o registro do candidato eleito como prefeito de Primeiro de Maio, Marinho Casanova (PP). Para o relator, Paulo Afonso da Motta Ribeiro, ficou demonstrada a inelegibilidade do postulante, já que existe decisão irrecorrível contra Casanova por ato doloso de improbidade administrativa, "sendo que sua inelegibilidade inicia-se a partir do trânsito em julgado, ocorrido em 02/10/2015 (certidão do TCE), pelo que o recorrente encontra-se inelegível até 2023".

Benefícios a terceiros
O relator afirmou, ainda, que "em que pese excluído o enriquecimento próprio do recorrente, constou expressamente no acórdão proferido pela Justiça Comum que o recorrente beneficiou terceiros, promovendo o enriquecimento ilícito destes em detrimento do erário público de forma dolosa, já que tinha plena ciência da ilicitude de sua conduta". Casanova obteve 3.124 votos o que corresponde a mais de 40% dos votos, enquanto Daniel Renzi, conquistou 2.876 e Ezequiel do Banco, 1.299 votos.

‘Japonês da FP’ sem tornozeleira
O agente da Polícia Federal Newton Ishii, celebrizado na Operação Lava Jato como o "Japonês da Federal" (até virou máscara de Carnaval), está livre da tornozeleira eletrônica. Ele foi beneficiado por uma redução da pena a que foi condenado por facilitação de contrabando na fronteira de Foz do Iguaçu. Ele ficou famoso na Lava Jato porque fez a escolta de empreiteiros, doleiros, políticos e ex-dirigentes da Petrobras capturados na grande operação. Ganhou até máscara de Carnaval. O ‘Japonês da Federal’ pegou quatro anos e dois meses de condenação no processo sobre contrabando. A Justiça autorizou que ele ficasse livre, mas com uso da tornozeleira. Como continuou trabalhando, a pena do "Japonês da Federal" sofreu um abatimento - a legislação sobre execução penal prevê que a cada três dias de labor o réu é beneficiado com um dia a menos da pena.

Publicidade a processos
O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato em Curitiba, defendeu que dar publicidade a processos que envolvem crimes na administração pública é um "mandamento constitucional" e que a sociedade tem o direito de "escrutinar" governos e os trabalhos da Justiça que envolvam crimes com dinheiro público. "Uma vez superada a fase de investigação criminal, segredo em processo judicial envolvendo crime de corrupção contra a administração pública é uma afronta brutal à Constituição", afirmou Moro, em palestra no Tribunal de Justiça do Paraná na última quinta-feira (20).