Renúncias
Dos 342 candidatos a vereador em Londrina, cinco não estão mais na corrida para as 19 vagas na Câmara Municipal. Apresentaram pedido de renúncia, que foi homologado pela Justiça Eleitoral. Um deles é o tucano Anderson Mariano, advogado de Luiz Abi Antoun, o parente distante do governador Beto Richa (PSDB), acusado em dois processos do Ministério Público de Londrina decorrentes das operações Voldemort (fraude em licitação) e Publicano 2 (esquema de corrupção na Receita Estadual de Londrina). Também desistiram da disputa outros três tucanos: Charles de Freitas, Marcio Pisconti e Rubens Tazima. Também está fora da corrida Carlão do Olímpico (PTdoB).

Delação ameaçada
A Procuradoria-Geral da República suspendeu as negociações de delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. A informação foi revelada pelo jornal "O Globo" ontem. A determinação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após vazamento de informações sobre as tratativas entre o empresário e os investigadores da Lava Jato. No final de semana, a revista Veja revelou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, é citado na proposta de delação de Pinheiro. Segundo investigadores com acesso ao caso, a informação não consta em nenhum anexo - como são chamados os documentos prévios à celebração do acordo de colaboração, nos quais o delator informa o que vai contar.

Vazamento incomoda
O vazamento da informação deixou Janot muito incomodado, segundo fontes ligadas à PGR. O vazamento das informações é interpretado pela procuradoria como uma forma de pressão para concluir o acordo, que pode beneficiar Pinheiro. A delação de Léo Pinheiro tem sido uma das mais complicadas desde o início da investigação, mas nas últimas semanas avançou após a assinatura de um acordo de confidencialidade entre as partes. Agora, as tratativas foram rompidas.

Obra para Toffoli
De acordo com a reportagem da revista "Veja", Toffoli recorreu a uma empresa indicada por Léo Pinheiro para realizar uma obra em sua casa em Brasília. Ainda segundo a reportagem, o executivo da OAS informou que o próprio ministro teria custeado as despesas. Ao jornal "Estadão", Toffoli disse que não possui relação de intimidade com Léo Pinheiro e que pagou pelas reformas realizadas em sua residência.

Defesa do Fisco
Parlamentares lançam nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Fisco. Segundo os organizadores do movimento, a coalizão já conta com 232 parlamentares. Além de questões salariais, o grupo vai discutir autonomia e prerrogativas dos fiscos. Preocupado com a deterioração das condições de trabalho e cerceamento à atuação da categoria, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) informou que deu apoio à criação da frente.

Resposta sobre impeachment
A Câmara dos Deputados defendeu a legalidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff em resposta formal enviada nessa segunda-feira (22) ao Ministério das Relações Exteriores, conforme requisitado pela Organização dos Estados Americanos (OEA). O Senado Federal, que é responsável pela fase final do processo, também prestará esclarecimentos. O Itamaraty tem até esta terça-feira (23) para reunir as explicações e responder à OEA.

Sem violação
Em um documento de 81 páginas, assinado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Câmara explica os procedimentos do processo de impeachment, desde a aceitação da denúncia, feita pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e responde a questionamentos específicos da entidade. "Em síntese, não houve nenhuma violação ao texto constitucional e à Lei que rege a matéria e, em consequência, assegurou-se a mais ampla defesa", diz o documento, analisando que o rito foi seguido com "rigoroso cumprimento" às normas constitucionais.

Geddel responde a Dilma
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, rebateu ontem a presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo ele, é uma "bobagem" a crítica feita pela petista de que o presidente interino Michel Temer quer agilizar a votação do processo de impeachment no Senado com medo do surgimento de denúncias que o comprometam. "Prefiro não comentar as bobagens que a presidente afastada fala", disse Geddel.

Temer tem medo de delação
Em entrevista ao SBT, exibida na madrugada de segunda, Dilma disse que o governo interino tem medo de uma delação premiada "que mostre claramente qual é o grau de comprometimento de quem" a votação beneficia. A presidente afastada voltou a afirmar que não sabia do esquema de corrupção da Petrobras e, questionada, disse não ter medo "nenhum" de eventual condenação. "Se tiver de ser alvo da Lava Jato, com razões embasadas, eu serei. Agora, quero ver onde vão embasar razões para eu ser alvo", justificou a petista. O Senado inicia a etapa final do impeachment na quinta (25) e a expectativa é de que o resultado saia entre os dias 30 e 31.