Secretários na Câmara
Os secretários municipais de Fazenda, Paulo Bento, e de Planejamento, Daniel Pelisson, foram convocados para participar da sessão ordinária de hoje, a partir das 15 horas, na Câmara de Vereadores de Londrina. Os parlamentares querem que os secretários expliquem as medidas complementares de contenção de despesas da administração municipal contidas no decreto nº 548. A iniciativa é da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo. Segundo aponta o decreto, "as novas medidas de contingenciamento visam manter o equilíbrio financeiro do município". A determinação limita a R$ 100 mil por mês os pagamentos de licenças prêmio aos servidores públicos e estipula limites para cada secretaria.

Vespeiro
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR), Ademar Traiano (PSDB), não quer saber de opinar sobre política nacional. Ontem, ele se esquivou de falar sobre a saída do senador Romero Jucá (PMDB) do ministério de Michel Temer, mas acredita que as investigações sobre a corrupção na Petrobras vão continuar. "Acredito que não existe a menor possibilidade de interferência política na Lava Jato. O presidente Michel Temer já disse isso, inclusive", disse Traiano.

Pressão sobre Maranhão
Os líderes partidários pressionaram o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), ontem para que ele oficialize sua abstenção da condução dos trabalhos no plenário da Câmara. O pepista ficou de analisar a sugestão, embora tenha dito na reunião de líderes que deixaria a sessão de ontem, quando seriam analisadas duas medidas provisórias, a cargo do segundo vice-presidente da Casa, deputado Giacobo (PR-PR). A intenção dos líderes é que Maranhão abra mão de conduzir as sessões não somente por meio de um acordo verbal, o que já garantiu o início das votações, na última semana, sob a presidência do Giacobo. Caso Maranhão não ceda a pressão e, por bem, abra mão da condução dos trabalhos e oficialize isso, os líderes pretendem apresentar em plenário um projeto de resolução para ser votado.

Interferência na Lava Jato
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota ontem em que manifesta preocupação com as gravações do ministro licenciado do Planejamento, Romero Jucá, em que ele fala em um pacto para deter o avanço da Operação Lava Jato. "A entidade já havia alertado para as repetidas tentativas de interferência política no trabalho da Polícia Federal e repudia qualquer ato no sentido de impedir a continuidade de uma das mais importantes investigações em curso no Brasil", diz a nota, que foi divulgada pela associação antes que Jucá anunciasse sua licença. As conversas gravadas foram divulgadas pela "Folha de S.Paulo" ontem.

Autonomia da PF
Os delegados aproveitaram a ocasião para fazer campanha pela autonomia constitucional da Polícia Federal. "Para proteger a Lava Jato e a atuação da PF no combate à corrupção, a ADPF reforça que é fundamental a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 412/2009, em tramitação no Congresso Nacional, que estabelece a autonomia para a Polícia Federal", diz o texto. A associação defende uma mudança na forma de escolher quem comanda a instituição. A entidade pretende organizar uma votação entre os delegados para escolher uma lista tríplice de candidatos que será encaminhada, como sugestão, ao novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes. O resultado do pleito deve ser divulgado no próximo dia 31.

Falta de quórum
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Arthur Lira (PP-AL), encerrou ontem a sessão da comissão por falta de quórum de senadores. A sessão, que estava suspensa, foi iniciada e encerrada no mesmo momento porque apenas um senador membro estava presente e pelo menos dois precisavam comparecer para que o projeto de alteração da meta fiscal fosse votado. O projeto permite que a nova equipe econômica, que tem Henrique Meirelles comandando a Fazenda, termine 2016 com um déficit de R$ 170,5 bilhões. "Estávamos esperando a presença de um senador para iniciarmos a discussão da meta. É uma pena que o projeto vá direto ao plenário", disse. Confiante de que ainda é possível que a comissão vote o tema antes do plenário do Congresso, Lira convocou uma reunião para 10h de hoje.

CPMF para a Previdência
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, vai defender diante do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, a criação de uma CPMF progressiva e exclusiva para a Previdência. Em troca, Patah defende que nenhum trabalhador perca direitos e que seja eliminada a Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). A nova CPMF seria progressiva, quem ganha paga mais. As movimentações decorrentes dos salários dos trabalhadores seriam protegidas pela conta salário. O mesmo sistema seria adotado para os aposentados e pensionistas. A UGT, segundo o dirigente, é contra qualquer tipo de imposto que venha a estrangular o poder aquisitivo da população. Mas diante da crise econômica atual, "não há outro jeito", afirma Patah.