Dia da Consciência ‘Geral’
Tentando não desagradar ninguém na polêmica sobre o feriado da Consciência Negra, o governador do Paraná Beto Richa (PSDB), ontem em Londrina, se acomodou no muro. "É evidente que a gente tem respeito aos afrodescendentes, à história de cada um deles, à participação na construção deste país. Agora, eu sou a favor da Consciência Humana, de todos. Negros, amarelos, minorias. É importante nós termos respeito por todos."

Reajuste do pedágio
Concessionárias que exploram o pedágio nas estradas do Paraná entregaram ao governo estadual as justificativas que embasam o reajuste das tarifas. Os documentos tramitam desde a semana passada e o parecer da administração deve ser divulgado até o fim do mês. Os índices não foram revelados, mas, este ano, as empresas podem pedir um acréscimo até acima da inflação. Durante entrevista coletiva em Londrina, o governador Beto Richa culpou os contratos. "Há a questão contratual que prevê os reajustes das tarifas. Eu continuo trabalhando, tentando reduzir esta tarifa. Um grande passo foi dado recentemente, que não acontecia há algum tempo, que é a retomada dos investimentos, em todas as regiões do
Paraná", discursou.

Entre Beto e Gleisi, o pedágio
Beto Richa aproveitou o tema para rebater declarações recentes da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), sobre o pedágio no Paraná. Na sua última visita a Londrina, ela lembrou, durante conversa com jornalistas, da sua atuação enquanto senadora, pedindo ao Tribunal de Contas da União (TCU) que fizesse um estudo do pedágio no Paraná. "Foi uma avaliação muito dura e mostrou uma taxa muito alta de rentabilidade, de até 25% em alguns trechos, o que encarece a tarifa e o TCU deu o prazo de um ano para que o governo pudesse reorganizar o pedágio e baixar a taxa de retorno, mas eu não vi isso acontecer", afirmou ela, na ocasião. Ontem, foi a vez de Beto Richa: "Quem não sabe que os preços são altos? Todos os paranaenses reclamam disso há muito tempo. Ela só disse que seis é igual a meia dúzia. Então não muda nada. Que medida ela tomou pra tentar evitar esta situação?".

Carne com queijo
Ao analisar recurso de uma empresa impedida de concorrer em licitação aberta em 2009 para fornecimento de gêneros alimentícios ao município de Londrina, o Tribunal de Contas (TC) do Paraná aplicou multa de
R$ 691,13 ao ex-secretário municipal de Gestão Pública Kentaro Takahara e ao pregoeiro responsável pelo certame. O TC avaliou que a composição de um lote com itens de "naturezas diversas, tais como carnes e queijos", reduziu a competitividade. Um dos pontos defendidos pela defesa dos agentes públicos foi que a divisão do lote "dificultaria a gestão e a fiscalização de grande quantidade de fornecedores". Para o TC, porém, a dificuldade de fiscalização "poderia ser sanada por meio de planejamento/programação de execução dos contratos". O preço máximo deste lote era de R$ 3,3 milhões.

Nada da Copel
O aporte financeiro para a Sercomtel continua sendo assunto interno para a Copel, sócia da Prefeitura de Londrina na gestão da telefônica. Nem a aprovação na Câmara de Vereadores de Londrina da doação de dois terrenos públicos para a Sercomtel foi suficiente para animar a empresa estadual a falar publicamente do tema. "A Copel ainda estuda a proposta de aporte na Sercomtel, e se manifestará oportunamente", resumiu a assessoria de imprensa.

Fim do prazo
"O prazo para a Sercomtel vence no começo de dezembro, não dá para esperar mais", sentenciou o presidente da empresa, Christian Schneider. A assembleia geral de acionistas está convocada, extraordinariamente, para a próxima terça-feira e a expectativa é que a Copel faça o repasse de R$ 6,7 milhões, confirmando a sua parte no aporte. Contudo, a empresa pode alegar que a doação dos terrenos do município ainda não foi publicada e retardar um pouco o processo. Schneider não quer nem pensar na possibilidade. "Temos pagamentos de indenização dos PDVs para fazer, décimo terceiro salário para pagar, ICMS, e a sequência do plano de reestruturação."

Redução de diretorias
Finalizada a fase de demissões de funcionários, a Sercomtel agora deve colocar em prática, ainda neste ano, a redução do número de diretorias, como parte do enxugamento de despesas. As hipóteses trabalhadas atualmente preveem redução das sete diretorias (contando a presidência) para cinco. "Ou quatro, se houver acordo para extinção também daquela que é indicada em comum pela Prefeitura de Londrina e pela Copel", disse o presidente, Christian Schneider. Atualmente, a diretoria administrativo-financeira é de indicação de ambos os sócios.

Restaurante Popular, talvez hoje
Na nova fase da licitação para contratar uma empresa que ficará responsável pelo gerenciamento do Restaurante Popular em Londrina, a Secretaria de Gestão Pública aguarda para hoje um parecer da Procuradoria Jurídica para saber se poderá abrir os envelopes das três empresas que não desistiram da disputa, depois de mudanças na data-base dos trabalhadores no setor da alimentação. As outras quatro preferiram não entrar mais na concorrência depois que todas foram desclassificadas na primeira etapa. A licitação teve início em julho.