Dez meses depois...
O prefeito Barbosa Neto (PDT) anunciou ontem o novo edital de licitação da primeira fase do Teatro Municipal, no valor de R$ 8,5 milhões, sendo R$ 6,5 milhões de recursos do Ministério da Cultura e o restante de contrapartida municipal. A licitação, por problemas no projeto, estava suspensa desde agosto do ano passado. Apesar do anúncio, o novo edital da concorrência pública não havia sido publicado no site da Prefeitura até o início da noite de ontem.

- O teatro será construído no Marco Zero, próximo à rodoviária (Zona Leste) em um terreno de 22 mil metros quadrados. O custo total do teatro é estimado em R$ 75 milhões e a obra somente deve ser finalizada em cinco ou seis anos.

- Os envelopes com as propostas das empresas participantes serão abertos em 4 de julho.

Paliativo
Enquanto o teatro não fica pronto, o prefeito pede aos vereadores que aprovem projeto de lei que autoriza a compra do Cine Augustus (Centro) pelo município. ''A gente pede que os vereadores possam aprovar o projeto de aquisição do Cine Augustus, que momentanemaente a suprir a carência que a cidade tem, principalmente depois da tragédia no Teatro Ouro Verde'', afirmou Barbosa.

Apoio ao Gaeco
Representantes de ONGs e movimentos populares se reuniram ontem à noite com representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na sede da APP/Sindicato. Foi mais uma manifestação de apoio à entidade que desbaratou um suposto esquema de compra de apoio de vereadores de Londrina para beneficiar o prefeito Barbosa Neto.

- Os movimentos populares encabeçados pelo recém-criado ''Por Amor a Londrina'' devem continuar realizando reuniões. ''Queremos mobilizar as pessoas para participarem da votação da Comissão Processante da Centronic'', disse Vilson Bittencourt, membro do grupo ''Basta! Londrina Sangra'', formado no ano passado para cobrar transparência nas investigações de desvio de recursos da Saúde.

Holofotes
Sobre os movimentos que pedem transparência, Barbosa Neto afirmou que são formados por ''candidatos a vereador, membros de conselhos, ex-comissionados da Prefeitura, que buscam seu espaço na mídia, o seu palanque eleitoral, o seu holofote''. ''Mas eu os apoio. Também quero transparência e quero saber o que levou o vereador Amauri Cardoso a fazer a denúncia.''

OAB na CP
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Londrina vai acompanhar hoje, às 8h, a reunião de trabalho da Comissão Processante (CP) da Centronic na Câmara de Londrina. A intenção da Ordem é saber como andam os trabalhos da CP e acompanhar a investigação.

Contra a corrupção
O movimento popular contra a corrupção ''Por Amor a Londrina'' esteve ontem na Câmara de Londrina com poucos representantes e algumas faixas de apoio ao Gaeco e pedindo a cassação do prefeito Barbosa Neto (PDT). Timidamente, os representantes aplaudiam os vereadores de oposição quando eles faziam alguma crítica contra a administração pública.

Desculpas públicas
O representante do manifesto, Fernando Canferla, falou no plenário da Câmara. No discurso, solicitou que o vereador Eloir Valença (PHS) se desculpasse com os estudantes presentes na Casa por tê-los ''ofendido'' na última sessão da Câmara. O vereador, na ocasião, disse que era professor ''de filho de trabalhador'', de pessoas ''humildes'', não de pessoas ricas. Após o discurso de Canferla, Eloir subiu na tribuna e disse que ''por ter se sentido injustiçado'', pode ter se ''excedido'' em sua fala e pediu desculpas.

- Mesmo assim, após o pedido de desculpas, um dos manifestantes gritou das galerias que ''tinha vergonha'' do vereador.

Modernização em andamento
Depois da reclamação de alguns parlamentares que o painel eletrônico da Assembleia Legislativa do Paraná não havia registrado o voto em um dos projetos que estava sendo discutido, na última quarta-feira, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), antecipou que, após o recesso do mês de julho, haverá um novo sistema operando no plenário, para facilitar a vida dos deputados. Entre as mudanças, a ordem do dia, hoje entregue impressa aos deputados, será digitalizada. ''Vamos trabalhar com essa carroça até julho, depois teremos um sistema inteiramente novo'', avisou Rossoni.

A ideia das lupas
Após certa estranheza com a proposta, os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa rejeitaram nesta semana projeto de lei de autoria do deputado Roberto Aciolli (PV) que desejava obrigar supermercados e farmácias a terem lupas para facilitar a leitura de rótulos e bulas pelo consumidor. Qual seria a praticidade da ideia?

Perguntinha
Depois do ''jogo da corda'' - quem tem mais poder sempre vence a disputa -, quem tem razão nesse empurra-empurra sobre a lentidão na aprovação do novo Plano Diretor de Londrina?