TIÃO BOM DE BOLA
Hoje peço desculpas mas a coluna vai homenagear aquele que foi um dos maiores goleadores do futebol paranaense. Falo de Sebastião José Ferri, o Tião Abatiá. Morreu aos 71 anos, na madrugada de ontem. Estava internado há alguns dias em Londrina e teve complicações após uma cirurgia. Foi velado e sepultado ontem mesmo em Abatiá.

NA ESCOLA
Ele começou a jogar no time do Colégio Cristo Rei, de Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Em 1960, quando o Londrina enfrentou o Flamengo na inauguração dos refletores do estádio, o time do colégio enfrentou outro time amador da cidade. E foi um show. A direção do Flamengo queria levar todo o time para o Rio.

O INÍCIO
Primeiro contrato profissional foi em 1965 no Ribeirão do Pinhal. Depois jogou no Cambará. Em 1966 no União Bandeirante formou a famosa dupla com Paquito. Aliás, o ataque do União é arrasador: Nondas, Paquito, Abatiá e Russinho. Teve breve passagem pelo São Paulo e pela Portuguesa Paulista.

SURGIU O COXA
Almir Almeida, supervisor do Coritiba foi a Bandeirantes e contratou a dupla. Indicados pelo técnico Elba de Pádua Lima, o Tim. Os dois treinaram apenas três dias e estrearam no domingo contra a Portuguesa Paulista. Vitória por 2 a 1, gols deles.

PRÊMIO
Em 1971, Abatiá ganhou o "Troféu Bola de Prata", da revista Placar. Em 1972 quase foi convocado para a seleção brasileira que disputaria a Mini-Copa do Mundo. Mas se contundiu.

TÍTULOS
Quatro vezes campeão pelo Coritiba: 1972, 73, 74 e 75. Campeão do "Torneio do Povo", em 1973. Artilheiro do campeonato paranaense em 1971. Tive a honra de transmitir muitos jogos do Tião Abatiá, pelo rádio e pela TV. Vá com Deus, artilheiro.

*Ética no jornalismo é fundamental. Grande parte desta coluna é trabalho do Nilo Dias, do Blogsoberano. Agradeço.