Pasmem, se assim entenderem



Por mais que percebamos as questões políticas inentendíveis e de tamanha complexidade, temos acompanhado os discursos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causando-nos muitas vezes mal-estar e indignação. O Senado dos EUA, formado em sua maioria de republicanos, aprovou no último dia 15/2 o fim da limitação, imposta na administração do então presidente Barack Obana, que impedia pessoas com transtornos psicológicos de comprarem armas de fogo. Agora, o projeto vai para sanção de Trump, que já adiantou que aprovará a mudança.

Obama aprovou restrição depois de mais um massacre nos EUA, em 2012. A exigência foi imposta em 2012, depois do massacre de Sandy Hook, que vitimou 20 crianças e seis adultos naquele ano. O atirador era Adam Lanza, de 20 anos. Entre os problemas que o acometiam estava a Síndrome de Asperger (perturbação neuro comportamental de base genética ), além de transtornos obsessivos-compulsivos.

Ainda em 2012, Obama chegou a afirmar em uma entrevista que "não aprovar um maior controle na venda de armas nos EUA era uma de suas maiores frustrações".

No entanto, recentemente, o senador republicano Chuck Grassley, conhecido crítico das regulações contra armas, disse que "o governo é quem deve provar se um indivíduo tem tendências violentas por causa de doenças mentais". Para que o leitor possa entender quem serão os mais novos portadores de arma nos EUA, transtornos mentais são alterações do funcionamento da mente que prejudicam o desempenho da pessoa na vida familiar, na vida social, na vida pessoal, no trabalho, nos estudos, na compreensão de si e dos outros, na possibilidade de autocrítica, na tolerância aos problemas e na possibilidade de ter prazer na vida em geral. Transtornos mentais como a ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, dependência química, demência e esquizofrenia, podem afetar qualquer pessoa em qualquer época da sua vida. Elas podem causar mais sofrimento e incapacidade que qualquer outro tipo de problema de saúde. Se a moda pega no Brasil, receio de que alguém sem capacidade de entendimento e de discernimento (parcial, total), possa "comprar armas ", dirigir veículos, sair por aí armado e atirando. Conto com sua indignação.


JULIETA ARSÊNIO é psicóloga em Londrina


Guia do empresário em dificuldades



O empresário em dificuldades financeiras precisa de timing, coragem e dinheiro para não perder as oportunidades de recompor as finanças da empresa, se estabilizar e voltar a ter lucro. Para que isso aconteça, algumas dicas são muito preciosas, principalmente no que tange turnaround e recuperação judicial:

Nunca deixar a situação chegar a um ponto irreversível: assim que detectar que as dívidas estão ficando difíceis de pagar, o melhor a fazer é tomar providências. Quem faz isso pode ter a opção de reestruturar as dívidas antes de pensar numa recuperação judicial, por exemplo;

Procurar ajuda especializada e profissional: jamais se deve esconder as dificuldades e tentar apenas "mudar a parede de lugar", deixando o problema para o futuro. Um especialista pode fazer um diagnóstico da origem da situação, indicar as melhores soluções e ajudá-lo a trilhar esse caminho;

Evitar repactuar dívidas buscando apenas um prazo mais longo de pagamentos, sem fazer a limpeza necessária na empresa e os ajustes devidos e sem ter a certeza de que haverá receita para quitar esse novo parcelamento;

Executar os cortes necessários, usando critérios profissionais, desapegando-se de tradições e decisões de cunho pessoal;

Implantar uma forte governança corporativa e um orçamento base zero, de forma que a transparência desse orçamento faça crescer a possibilidade de bancos e fornecedores se comprometerem a participar com a empresa de um processo de eventual recuperação judicial;

Buscar novos nichos de atuação e novos mercados para diversificar e ter mais alternativas de receita;

Implantar a meritocracia aliada à uma política clara de bônus para incentivar os colaboradores da empresa a inovarem e buscarem novas maneiras de reduzir gastos e aumentar a entrada de recursos.

Com isso, as chances de sucesso do empresário na solução dos problemas financeiros corporativos crescem muito e podem, até, fazê-lo sair de uma situação difícil para uma nova etapa, de crescimento e diversificação de seu negócio.

FÁBIO DE AGUIAR é empresário em São Paulo

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