Há uma voz que clama do deserto, por uma educação na UTI, mas já com esperança de que se mude essa situação para um Ministério da Educação com uma nova proposta. É preciso que o MEC se liberte desses "especialistas" com ideias errôneas de esquerda. O que a esquerda lulista e dilmista quer é um povo não letrado, que não sabe falar, ler nem escrever corretamente em sua grande maioria.
A alfabetização é um processo a longo prazo e deve ser iniciado com 5 a 6 anos. Tenho muita experiência nesse assunto, e mais vale a prática onde já se vê resultados em alunos, do que as muitas teorias pedagógicas, que são inculcadas nos atuais jovens alunos de pedagogia. Estão querendo retirar todo avanço dos métodos tradicionais, trazendo modelos novos das mesmas velhas ideias comunistas, que comprovadamente sempre deram errado. Infelizmente, conseguiram disseminar de forma muito rápida suas mentiras que, muitas vezes, passam despercebidas pelos olhos dos ingênuos estudantes de faculdades. Eles engolem um veneno doce, agora pode ser agradável de beber, mas não fazem ideia do mal que causará logo adiante. A educação clama por socorro nos leitos da UTI.
Há décadas houve uma revolução educacional na França para mudar (atrasar) a metodologia nas escolas, que se tornou uma lástima, como o que está acontecendo no Brasil. E, com o decorrer do tempo, um dos líderes dessas passeatas foi convidado para ser o ministro da Educação na França. E teve imensa decepção quando descobriu que as pessoas, os estudantes, não sabiam falar, escrever e ler corretamente, não sabiam também as quatro operações básicas em matemática. Decretou, pois, uma mudança radical para corrigir a grande falha e fez o seguinte comentário: "De agora em diante, as crianças, vão ter que saber falar, ler, escrever e interpretar corretamente, e efetuar as quatro operações em matemática".

Ao ler a entrevista do novo ministro da Educação do Brasil, Mendonça Filho (revista Veja,24/7), senti uma feliz esperança quando ele comentou: "Agora que estou dentro do MEC, posso falar sem medo de ser injusto: sobram no Ministério programas onerosos, sem boa gestão nem cobrança de resultados. É dinheiro a fundo perdido. Olhe um exemplo: mais de 800 mil professores estaduais e municipais receberam bolsas com o objetivo de fazer com que as crianças avançassem na alfabetização. Valor total: R$ 2,36 bilhões. E sabe o que aconteceu? Nada. Quase metade dos estudantes ainda chega ao terceiro ano do fundamental fora do nível esperado de alfabetização".

E a história da França está se repetindo no Brasil. Até que enfim, temos um ministro da Educação que enxerga tão grande falha e se rodeou de outros grandes especialistas sensatos e com os pés no chão. E a pior catástrofe e consequências desastrosas da má alfabetização, sem o auxílio da gramática, é no caso de um candidato a emprego numa boa empresa, que exige certos requisitos importantes, e o entrevistado comete erros de pronúncia, dicção, não conjuga bem os verbos, não faz concordância nominal e verbal de forma correta ao falar, e esse entrevistado acaba sendo descartado pela empresa.

Falar e escrever a língua portuguesa de forma correta é na realidade, um cartão de visitas a qualquer pessoa que se preze. É obrigação da escola imprimir esta característica em seus alunos, principalmente do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I, que sempre foi considerado o alicerce dos cursos subsequentes. É a base da vida estudantil, profissional e social. Mesmo com a ditadura "esquerdopata" atual, que proíbe que se avance na educação, principalmente na alfabetização, que é podada no 1º ano, tendo em vista que a alfabetização é um processo a longo praz, é urgente e necessário que se exija mais no 1º ano.
Nos países desenvolvidos, no 1º ano, ensina-se em matemática, até o numeral 120, enquanto que no Brasil é até 30. Será que nossas crianças são menos inteligentes que as dos países desenvolvidos? Errar é humano, levantar-se é divino, mas permanecer no erro é diabólico, digo, burrice.

MARILENE RABELO SORIANI é pedagoga com pós-graduação em Gestão Escolar e diretora de escola em Sertanópolis

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