Minha percepção visual, decorrente do fato de amante que sou da natureza, traz à tona minha paixão, prazer e valorização do verde que visualizo à minha volta na viagem que empreendo em pouco mais de noventa quilômetros em região do Norte do Paraná. E registro que, essa cor quer indicar a vitalidade dos vegetais e, como não poderia deixar de ser, sinaliza a vida abundante de alimentos que os agricultores plantaram e, futuramente, esperam colher. Daí a expressão da cor da esperança para esta minha descrição.
Tanta terra nos caminhos que percorro e, aqui e ali, tudo coberto com belos mantos verdes, que apresentam tons verde-avermelhados, verde-prateados, verde-amarelados, verde-amarronzados, verde-azulados e outras derivantes mais, enchendo meus olhos nessa tão bela exposição.
A cobertura vegetal do solo se apresenta, ora no plano horizontal, ora na vertical e noutras vezes, ainda, na diagonal, seja em terraços, curvas de níveis, rampas etc. Todas, técnicas agrícolas que buscam realizar a conservação do solo, evitar erosões, facilitar o escoar das águas bem aproveitando as das chuvas e das irrigações.
A "linguagem agrícola" risca o verde com tamanha graça geométrica que exibem formas muito interessantes em planícies, regiões montanhosas ou depressões.

Imagem ilustrativa da imagem Da cor da esperança



São riquezas deslumbrantes numa paleta de cores sem igual, onde o verde predomina e onde ele desponta entre montanhas, planícies, vales, rios e reservas florestais legais.
A terra vermelha, abençoada por Deus, traz à superfície a vida em forma de riquezas naturais. Tudo se faz verdadeiro na medida em que Caminha, há muito tempo, afirmou "em nela se plantando tudo dá", tão fértil é.
O mundo vive da agricultura, contudo, a verdura desses mantos nos oferecem além da alimentação propriamente dita, a frescura do ar, a sombra e elementos que são fonte pura a alimentar nossa respiração.
Num grande ou pequeno pedacinho de chão, o agricultor esparrama plantações que se transformam em mantos verdes sagrados a cobrirem a terra vermelha: ali estão nossas fábricas de oxigênio e de alimentos!
Viajante que estou a observar as paisagens, me enleio com os mantos da cor da esperança dispostos em linhas retas, quebradas, curvas ou sinuosas a cobrirem a terra vermelha. Reflito, então, sobre o trabalho dos valorosos agricultores que, trabalhando para o bem comum antes de somente para si, verdejam todo solo nutrindo de esperança o nosso amanhã.

Marina I. Beatriz Polonio, leitora da FOLHA