Certa vez, batendo um papo com o craque Alex, aquele do Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe, ele relembrou momentos da seleção brasileira que foi campeã do Torneio de Toulon, tradicional competição sub-20, em 1996, na França, contra os donos da casa. Não poupou elogios e enumerou várias qualidades do então volante daquele time e que já havia sido campeão do mesmo torneio no ano anterior. Ele falava de Cidimar Aparecido Ernegas, o Alemão, atual treinador do Londrina.


Neste curto período como treinador do Londrina, ele vem comprovando o que o Alex falou, principalmente sobre leitura de jogo e obsessão pela qualidade das jogadas e do futebol praticado.


Alemão é a grande notícia desse primeiro semestre do Londrina. Um treinador que consegue juntar o grupo, que não tem medo de escalar a molecada, que gosta de jogar. Independentemente se o jogo é fora ou dentro de casa, se é contra o Coritiba ou contra o catado da Vila Casoni, ele sempre mantém o estilo de jogo e foge daquele padrão atual de treinador, que bota o time em campo apenas para não perder e, assim, manter seu cargo.


O Londrina dos garotos, capitaneado pelos “vovôs” Germano e Alemão, é diferente dos Londrinas que vimos nos últimos anos, principalmente no Paranaense. É um time que dá vontade de ver jogar.
A tendência é que volte a ser auxiliar de Roberto Fonseca ao longo da Série B, quando o titular voltar do Novorizontino. Mas muita gente já queria ver a continuidade dele no banco de reservas. Já Fonseca, terá que trabalhar com uma boa sombra ao lado. Espero que a sintonia continue.


Seleçãozinha
Nesta terça-feira tem mais um amistoso da seleção brasileira. Desta vez, contra a República Tcheca, que tomou de 5 da Inglaterra na semana passada. Mas isso não é motivo para achar que será um passeio brasileiro. Pelo contrário. Hoje, até o time lá da pelada aqui do jornal engrossa para o time de Tite. Um time previsível, como foi durante toda a Copa do Mundo, sem rumo, sem vontade alguma, sem vibração, sem tesão, que apenas cumpre um protocolo de ter que entrar em campo nas datas-Fifa.


Sábado, diante do Panamá, mais um vexame. Empate em 1 a 1 e o discurso pós jogo é sempre de que está tudo bem. Não há cobrança, não há revolta, não há indignação, não há vergonha na hora de encarar a câmera e justificar porque empatou com uma equipe fraca como a do Panamá.


A seleção já não empolga mais o brasileiro e da forma como é conduzida, essa antipatia do torcedor só aumenta. Triste situação para quem já foi o “país do futebol” e que parava o mundo toda vez que entrava em campo.