O primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro vai chegando ao fim, mas a falta de personalidade do Londrina quando joga em casa, não. Sábado, diante do lanterna Náutico, jogou mais dois pontos fora. Era uma partida em casa, contra o pior time do campeonato, e a vitória teria que ter vindo, nem que fosse na marra, como diria lá nas nossas peladas, "nem que morra".
Mais uma vez o time criou, mas não conseguiu fazer os gols. A perna pesa, o gol fica menor e soma-se a isso o pasto que chamam de gramado onde a bola não rola. É nítido que em alguns lances o gramado atrapalha a jogada, o movimento do jogador ao bater na bola.
Vencer em casa é importante não só pela classificação, mas principalmente pela questão psicológica, para retomar a confiança. O que parece é que atuar no Café vem sendo um martírio para os jogadores, que já entram em campo pressionados por essa sina de tropeços.
Deixando isso de lado, a campanha alviceleste é muito boa. Esse perde e ganha continuará até o final da Série B, até porque o nível das equipes é muito parelho, por baixo, mas é parelho. Nem mesmo o Internacional consegue engrenar e sofre muito. Aliás, se tem alguém que tem que estar bravo é o torcedor colorado, não o alviceleste.
Em relação às contratações, a chegada de um zagueiro é fundamental. A defesa é o setor que dá medo. A cada bola cruzada na área é um pânico geral. O time não ganha uma por cima e cabe ao coitado do goleiro César se virar para evitar os gols.
A sequência é preocupante, já que nas três rodadas finais enfrentará três dos quatro primeiros colocados da Série B, sendo dois destes jogos fora de casa? É sim. Mas o Londrina já mostrou que não deixa a desejar a nenhum deles. Tirando o jogo diante do Internacional, em que o Tubarão "não entrou em campo", nos outros o time jogou de igual para igual. Volto a frisar que não vejo diferença entre o líder e o time que está lá na intermediária da tabela. Encaro esses jogos como chances de somar pontos em confrontos diretos pelo G4. Porém, é preciso, acima de tudo, levar para o jogo do dia 5 de agosto, diante do Vila Nova, no Café, uma boa dose extra de confiança e personalidade. Quem sabe não está nesta partida a virada definitiva nesta síndrome boba.