Atravessador torna etanol mais caro no Brasil
O Brasil e o consumidor perdem muito dinheiro e desperdiçam tempo, por causa de uma resolução de 2009 proibindo o produtor de vender diretamente ao consumidor o etanol que fabrica, como se faz no mundo inteiro. No Brasil, prevalece o lobby do atravessador (distribuidora), que compra o etanol por preço baixo e o entrega aos postos de combustível a preço elevado, tornando-o bem mais caro para o consumidor final.

Situação esdrúxula
O etanol viaja até milhares de quilômetros até voltar ao posto a 10 metros da destilaria que o produziu, custando várias vezes mais caro.

Adulteração no caminho
No passeio de centenas e até milhares de quilômetros até chegar ao posto, há o risco, consumado todos os dias, de o etanol ser adulterado.

Mundo inteiro
O mundo todo permite a venda direta de etanol aos postos. No Brasil, influentes lobistas tornam esse negócio exclusivo de atravessadores.

Resolução da vergonha
A resolução que beneficia o atravessador no Brasil tem o nº4 e foi adotada em 2009 pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Paz na Itália: Aloysio ‘encapsulou’ caso Battisti
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores), em visita à Itália, usou de sua habilidade para "encapsular", conforme linguagem diplomática, o caso Cesare Battisti, terrorista italiano condenado à prisão perpétua e protegido pelo ex-presidente Lula. O chanceler conversou longamente com o homólogo italiano Angelino Alfano, colocando o assunto em pratos limpos de modo a não afetar as relações entre os dois países.

Pé-de-ouvido
Após a reunião protocolar, com assessores de ambos os governos, Aloysio Nunes e Angelino Alfano tiveram um pé-de-ouvido a sós.

É com a Justiça
O chanceler Angelino Alfano compreendeu que o caso Battisti saiu da esfera do governo e será definido pelo Supremo Tribunal Federal.

Amicus curiae
A Itália, antes representada no caso pelo admirado criminalista Nabor Bulhões, deve designar um amicus curiae para expor o caso no STF.

Buraco é mais em baixo
O apresentador Luciano Huck jamais confirmou sua pré-candidatura, e há grande chance de não fazê-lo. É só pensar um pouco e os novatos descobrem que presidente pode muito, mas não pode tudo. E precisa tratar deputados e senadores a pão de ló. Ou não governa.

Desapega, FHC
Ex-presidente há 15 anos, FHC continua dando palpites sobre política, mas poucos ainda lhe dão ouvidos. Levantamento do Paraná Pesquisas indica que, para 69,7% suas declarações "não importam".

Na ponta da língua
O Sindicato dos Servidores do Ipea fará um debate sobre "Que serviço público queremos?", dia 27, na Câmara. Nem precisa de debate: o País quer um serviço público menor, que funcione e custe muito menos.

Nervosismo
Provocam grande nervosismo em setores militares as suspeitas de superfaturamento na compra bilionária de caças Gripen, investigado pelo Ministério Público Federal. A acusação de tráfico de influência motivou o bloqueio de R$24 milhões de Lula e do filho Luiz Cláudio.

Não é de hoje
Lorota recente em Brasília dá conta de que o presidente Michel Temer "entregou" o controle da verba publicitária a Moreira Franco. O ministro toma decisões nessa área do governo há pelo menos oito meses.

Oitiva marcada
Na CPMI da JBS, está marcado para as 9h desta quarta (22) o depoimento de Eduardo Pellela, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot. Pellela não atendeu a um convite e acabou convocado.

Propaganda do caos
A "agência reguladora" Adasa, cujas incompetência e imprevidência provocaram o colapso no abastecimento d’água de Brasília, gasta uma fortuna com propaganda prevendo o ano de 2018 ainda pior que 2017.

Aquecimento
O mercado imobiliário também volta a aquecer em todo o País. Em Campinas, o Arborais Residencial, loteamento de alto padrão lançado pela empresa 3Z Realty, vendeu 70% dos lotes em 24 horas.

Pensando bem…
…se é por falta de reforma, o presidente Michel Temer poderia fazer uma que não depende do Congresso: cortar metade dos ministérios.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Pudor sem poder
Geraldo Alckmin foi um discreto vice-governador de Mário Covas. Tão discreto que era desconhecido nas repartições. Certa vez, ao final da primeira gestão de Covas, ele teve de preencher formulário na portaria, ao chegar na Secretaria Estadual de Esportes, e ganhar crachá de "visitante". No elevador, uma funcionária mais observadora fez-lhe um ligeiro aceno com a cabeça. Ele logo se animou:
- Muito prazer, sou Geraldo Alckmin.
- Conheço o senhor de algum lugar... – disse ela, puxando pela memória.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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