Planos deram R$55 milhões a políticos, em 2014
Os planos de saúde se prepararam para aprovar o projeto da nova Lei dos Planos de Saúde: na campanha de 2014, distribuíram quase R$55 milhões (exatos 54,9 milhões) para financiar nada menos do que 131 candidatos, dos quais 60 foram eleitos e se encontram no exercício dos seus mandatos. A "bancada dos planos de saúde" na Câmara soma 29 deputados. As empresas também ajudaram a eleger três senadores.

Planos macabros
Os planos de saúde estavam mal intencionados em 2014: "investiram" em políticos 263% a mais que os R$15,1 milhões da eleição de 2010.

Estava tudo armado
A partir da Câmara eleita em 2014, as empresas articularam o projeto da nova lei dos planos de saúde, o mais duro ataque aos segurados.

Mais que os bancos
Quarenta planos de saúde se juntaram para "investir" R$54,9 milhões na campanha política, bem menos que a soma de doações dos bancos.

Rede de influência
Além de Dilma Rousseff (PT), que recebeu R$11 milhões, os planos de saúde elegeram também três governadores e 29 deputados estaduais.

Aloysio fica com Temer, mas só se o PSDB deixar
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) ficará no cargo até abril, quando terá de se demitir para ser candidato à reeleição como senador, mas isso somente ocorrerá no caso de o PSDB não se opor. O presidente Michel Temer, que é amigo de Aloysio há décadas, tem dito que se orgulha do seu trabalho, e ele próprio gosta do que faz. E o ministro, que não é da carreira, caiu nas graças dos diplomatas.

Expectativa
Aloysio Nunes somente deixará de ser chanceler caso o seu partido determine que todos os filiados entreguem os cargos no governo.

Segundo voto
O ministro das Relações Exteriores disputará, com chances, uma das duas vagas no Senado. Em 2010 recebeu mais de 11 milhões de votos.

Um ‘baque’
A eventual saída de Aloysio Nunes, em situação de rompimento do governo com o PSDB, seria um "baque" para Michel Temer.

Discursos sequestrados
Agora filiado ao PSB, o ex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo (SP), ex-PCdoB, anda desanimado com a política: "a agenda politicamente correta sequestrou os discursos dos partidos políticos no Brasil". Ele diz haver temas que dizem respeito apenas à intimidade das pessoas.

Cresceu 100.000%
Quando se iniciou a distribuição de verbas a partidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, em 1994, o total para todo o ano foi de R$729 mil. Em 2017 a conta do fundo partidário deve fechar em R$750 milhões.

Recordar é viver
O único caso em que candidato a presidente com rejeição maior venceu o segundo turno foi quando Lula derrotou Alckmin (PSDB), em 2006. Lula tinha 30% de rejeição, contra cerca de 24% do tucano.

Para inglês ver
Na Câmara, a agenda da semana do feriadaço da Proclamação da República prevê "debates" para quatro dias, com destaque para um transcendental encontro com o autor de um livro sobre... a Câmara.

Faz de conta
No Senado, somente as comissões de Constituição e Justiça, Turismo e de Defesa marcaram compromissos para esta semana do feriadaço. São audiências ou seminários. Sem a presença de parlamentares.

Estado de Direito
Do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal: "Um empresário preso porque pagou propina não é coisa de Estado policial, e sim de Estado de Direito".

Contra auxílio-moradia
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem a chance de tomar posição sobre uma polêmica: é o relator da "Sugestão nº 30/2017", no site do Senado, acabar com "auxílio-moradia para deputados, senadores e juízes".

Tudo na nossa conta
Líderes têm direito a ressarcir despesas na Câmara, para além da cota do mandato. É um dos grandes atrativos para ser líder. A liderança do PT, que mais gasta, obteve R$780 mil em ressarcimentos desde 2015.

Pensando bem...
...nem começou ainda, mas o pretenso governo PSDB já está em crise.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Um burro na plateia
Contam na Bahia que foi animada a eleição para presidente da Câmara Municipal de Bom Jesus da Lapa, em janeiro de 2001. Indicado pelo prefeito, o vereador Valdivino Borges fazia seu discurso quando alguém o interrompeu para se referir à sua condição de semianalfabeto:
- Sai daí, seu burro!
Valdivino olhou para o agressor e respondeu na lata:
- Eu sou burro e sou o presidente da Câmara, e você, que não é, está aí me dando coice!...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br