Temer manda Abin contratar mais 300 arapongas
Dois dias após a revista Veja acusar o governo de acionar seu serviço secreto para investigar o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer autorizou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) a contratar 300 arapongas. A Abin pedia autorização, mas só saiu quando Temer foi alvo de Joesley Batista, segundo o Planalto, o "grampeador-geral da República".

Setor carente
O governo avalia que necessita de ações de inteligência para impedir casos como a gravação da conversa do presidente com Joesley.

Vulnerabilidade
Com o presidente vulnerável, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) recomendou a Temer autorizar a contratação dos novos agentes.

R$16 mil por mês
Os novos agentes terão salário inicial de R$16 mil. Ruim de serviço, o Ministério do Planejamento ainda não aprontou o edital do concurso

Disque-pizza
Temer recebeu telefone criptografado, feito na Abin, mas desistiu de usá-lo ao perceber que o número era mais manjado que disque-pizza.

Governo do DF vê agência ‘aparelhada’ pelo PT
Na última semana, o governo do Distrito Federal foi forçado a negar um plano para aumentar para 48 horas consecutivas o racionamento de água nas cidades do estado. Mas a agência reguladora de águas do DF (Adasa) publicou dois dias depois uma resolução que confirmava a ideia. A avaliação é de que a Adasa "vazou" o plano para prejudicar o governo, que rejeita cortar a água por dois dias seguidos.

Por quê?
"Metade da Adasa está controlada por petistas", esclareceu alta fonte do Buriti sobre o vazamento do plano de racionamento de 48 horas.

Justificativa
Segundo a Adasa, a resolução não ampliou o racionamento, só autorizou a Cia. de Saneamento do DF (Caesb) a ampliar o período.

Pré-requisito
Para dobrar o período de racionamento de água no DF, a agência reguladora precisa apresentar um novo Plano de Racionamento.

Contando votos alheios
A oposição acha que conseguiu reverter votos favoráveis a Temer, na votação de quarta (25), e que o governo já não terá os 263 votos da primeira votação. Mas a maior dificuldade é mesmo da oposição: somar 342 votos para acatar a denúncia da Procuradoria Geral da República.

Alô, é da polícia?
Muito boazinha com as empresas exploradoras do serviço (e sobretudo da clientela), a Agência Nacional de Saúde (ANS) aumentou o valor das mensalidades de 8,7 milhões de vítimas dos planos individuais.

Outro papo
A Alemanha também tem Justiça do Trabalho, mas se a indústria de ações trabalhistas do Brasil responde por 93% do total de todo o planeta, as do país de Angela Merkel não chegam a 1% do total.

Senadores por cima
O site Ranking dos Políticos aponta três senadores entre os políticos mais bem avaliados do país: Ana Amélia (PP-RS), nº 1 no geral. Em 3º e 5º Lasier Martins (PSD-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Lugar errado
Leigos ilustres voltam a julgar um assunto que deveria ser definido pela comunidade científica: o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na quarta o caso de restrições para homens gays de doar sangue.

Mais ou menos médicos
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado vai analisar a "eficiência" do programa Mais Médicos nestas terça (24) e quinta (26). A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) já levou R$1,3 bilhão do Brasil.

Vetos na pauta
Está marcada sessão conjunta do Congresso Nacional nesta terça-feira para analisar seis vetos presidenciais. Um dos vetos anulou pontos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Pragmatismo eleitoral
Há lógica na união PT-PMDB, observa o jornalista Carlos Brickmann. No Nordeste, Lula é o político mais popular e o PMDB tem a melhor estrutura, e mais tempo de TV. E ambos são, digamos, pragmáticos.

Pensando bem...
...só no Brasil que, além da garrafa, o senador também é retornável.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Pimenta na cabeça
Se a política fosse a arte da memória, Paulo Maluf seria campeão e André Franco Montoro lanterninha. Ao contrário do deputado do PP, capaz de recordar nomes e datas com impressionante precisão, Franco Montoro, fundador do PSDB, sempre errava datas, trocava as bolas, misturava nomes e colecionava antipatias. Uma delas foi a do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga, no governo FHC. Ele ficou uma arara quando, certa vez, Montoro o saudou:
- Meu caro deputado Pimenta do Reino...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br