Delação de Palocci é chave de cadeia para Lula
Em sua proposta de acordo de delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci oferece ao Ministério Público Federal, sem explicitá-la, a oportunidade de finalmente provar que doações ao Instituto Lula não passaram de propina para o ex-presidente. A força-tarefa já comprovou que empreiteiras investigadas na Lava Jato fizeram depósitos de ao menos R$30 milhões ao Instituto, enquanto roubavam a Petrobras.

Agravantes
Deve agravar dramaticamente a situação penal do ex-presidente Lula a comprovação do pagamento de propinas, inclusive em dinheiro vivo.

Acusação corroborada
Palocci é o primeiro a denunciar propina paga em dinheiro para Lula. A delação de Marcelo Odebrecht deve corroborar a acusação.

Referência
Na sua delação premiada, o empreiteiro Marcelo Odebrecht revela que a "referência" de pagamentos ao Instituto Lula era o Instituto FHC.

Padrão ex-presidente
"A gente tinha doado, não me recordo bem, acho que R$40 milhões [a FHC]", disse Odebrecht. Lula levou os mesmos R$40 milhões, diz.

Cai apoio na Câmara, mas governo ainda vence
A situação do governo Michel Temer na Câmara não é tão confortável quanto dizem os aliados. Nas 24 votações nominais e abertas na Câmara, em agosto, o apoio ao governo foi de 43,8%, o mais baixo desde dezembro do ano passado (42,5%). No PSDB, o apoio caiu 11,56%, de julho para agosto. No PMDB, partido do chefe do governo, a queda foi de 13,38%. Mas o governo venceu as principais votações.

Aprovações importantes
O governo Temer teve vitórias como a medida provisória 777, que criou a Taxa de Longo Prazo (TLP), e ao fixar novas metas fiscais até 2018.

Governo enfraquecido
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, achava que o governo se enfraqueceu com a primeira denúncia de Janot. Mudou de ideia.

O Tesouro vai sofrer
Na equipe econômica, a preocupação agora é o tamanho do custo, para o governo, da rejeição da segunda denuncia de Janot.

Lucros voltaram
Alheio à crise, o Ministério do Planejamento divulga que em 2015, último ano de Dilma, as 154 empresas públicas deram prejuízo de R$32 bilhões. Em 2016, essas empresas deram lucro de R$4,6 bilhões.

Vai uma palestra aê?
A última "palestra" de Lula foi realizada em 2015, quando fez apenas três. Cada uma delas rendia ao petista ao menos US$150 mil (R$450 mil), segundo ele mesmo. Ninguém jamais acreditou nessa lorota.

Palestras de loroteiros
Até Lula desmoraliza a invenção de "palestra" para justificar propina. Diante do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente ironizou: "Palocci tem o direito de ficar com um pouco do dinheiro que ganhou com palestras..."

A água acabou
Se os brasilienses reclamam do racionamento que os atormenta desde dezembro, não viram nada. Os reservatórios já atingem o volume morto. Se não chover em quinze dias, o colapso poderá ser total.

Bye, bye, grana
Coisas estranhas acontecem no Banco do Brasil. A partir de 1º de outubro, fechará sua agência Estilo na exclusiva Avenida Paulista, em São Paulo. Simplesmente o maior centro financeiro do hemisfério sul.

Sobre concubinato
O desembargador Claudio de Mello Tavares, um dos magistrados mais admirados do Rio de Janeiro, vai lançar nesta terça (19) o livro "Da União Livre à União Estável – Aspectos do Concubinato" (editora GZ). Será às 19h no foyer do Tribunal de Justiça.

Campanha só no papo
O PT quer aprovar projeto que dá aos políticos o direito de incomodar eleitores em seus celulares, com mensagens tipo telemarketing. Mas não obriga o candidato a informar seu número ao eleitor incomodado.

Sem olhar a quem
A republicana Lava Jato atingiu até quem investiga: na conta do MPF, há um procurador preso e outro investigado, suspeitos de cooptação pela organização criminosa cujo líder foi preso no fim de semana.

Pensando bem...
...após dizer que delatores mentem, provas são falsas e investigadores o "perseguem", só falta Lula jurar que nem sequer foi presidente.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

É duro voltar a ‘seu Maurício’
Advogados que militavam no Supremo Tribunal Federal reclamavam que o ministro aposentado do STF Maurício Correa pedia audiências a ministros para tratar de assuntos de sua banca de advocacia, mas se apresentaria como "ministro". O embaixador Jorge Taunay (pai) cunhou uma frase lapidar para definir autoridades que subitamente se veem de volta à vida comum da planície:
- O duro, quando a gente se aposenta, é passar de "your excellency" para "seu Jorge"...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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