Mercado teme que JBS peça recuperação judicial
Circularam informações no mercado financeiro de São Paulo, na sexta (18), apavorando bancos credores, de que seria iminente o pedido de recuperação judicial da JBS, empresa controlada por Joesley e Wesley Batista. O grupo J&F acumula dívida de quase R$ 60 bilhões, e estaria com dificuldades de honrar pontualmente seus compromissos. A prisão dos irmãos agravou dramaticamente a situação da empresa.

Caixa baixo
Credores duvidam que a empresa tenha condições de honrar a dívida de quase R$ 19 bilhões, com vencimento até meados de 2018.

Acionistas se mexem
Dono de 21% das ações, o BNDES tenta mobilizar todos os acionistas minoritários para afastar os irmãos Batista da gestão da empresa.

Lista secreta
O juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, negou-se ontem a liberar a lista completa de sócios da JBS.

Tudo bem por aqui
O grupo J&F tem negado e até repudiado qualquer informação sobre pedido de recuperação judicial.

Governistas esperam que Dodge reavalie denúncia
A expectativa dos políticos aliados do governo, no Congresso, é que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que toma posse nesta segunda (18), determine a reavaliação ou revisão da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pelo atual ocupante do cargo. A alegação é que seria necessário retirar da denúncia os supostos excessos do texto assinado por Rodrigo Janot.

Sem precedentes
Nos meios jurídicos não há quem aposte em revisão da denúncia. "Não creio que existam precedentes", diz um ministro aposentado do STJ.

Saia justíssima
Michel Temer prometeu ir à posse de Raquel Dodge, e poderá dar de cara com seu algoz, a menos que Janot ignore o protocolo e não vá.

Fatos requentados
Defensores de Temer estão otimistas. Acham a denúncia de Janot impressiona pelos valores, mas se basearia em fatos "requentados".

Malas reveladoras
Amigos do ex-ministro Geddel não escondem a preocupação com as relações dele com sua defesa. Ele chorou miséria, quando negociou os honorários, e pouco tempo depois as malas e caixas com R$ 51 milhões mostraram que na verdade Geddel não tinha motivos para chorar.

Prego no caixão
A cada dia que passa, Antonio Palocci põe um prego a mais no caixão funerário da carreira política do Lula. Ele contou, por exemplo, que o ex-presidente desvia recursos do Instituto Lula para bancar seus luxos.

População descrente
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a população não acredita que o bilionário Joesley Batista, um dos donos da JBS, venha a ser de fato punido. Só 29% dizem que ele ficará "muito tempo preso".

Mesma turma
A denúncia de Janot tem o presidente Michel Temer como alvo principal, mas curiosamente, nas acusações ao "quadrilhão do PMDB" o ex-presidente Lula é citado 34 vezes e Dilma Rousseff, 22.

Quase meio século
O Banco do Brasil fecha em Portugal após 45 anos. Suas agências no Marquês de Pombal, em Lisboa, e na avenida da França, no Porto, simbolizavam a presença brasileira naquele país desde 1972.

Excesso de bagagem
Eduardo Cunha desembarcou do avião da Polícia Federal nesta sexta-feira (15) com duas malas grandes. A legislação não permite nem uma mala de graça para o cidadão comum. Alguém cobrou pelas malas?

Fim da crise
Não durou uma só semana a obrigação dos deputados federais de baterem ponto a partir das 14h, às quintas-feiras. Na próxima semana será às 9h. Podem registrar presença logo cedo e "vazar" para seus estados. Já foi pior: o painel de registro era aberto às 6h da manhã.

Quadrilhão, 50
Se o "quadrilhão do PMDB for condenado à pena máxima pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas e quadrilha, ficará mais de 50 anos preso.

Pensando bem...
...Batista por Batista, agora até a Igreja Batista está pedindo comprovante de renda para receber doações.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

O pulo do gato
Inimigos, Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek se encontram para articular a Frente Ampla, em oposição ao regime militar. Levaram horas conversando. A certa altura, Lacerda quis saber um velho segredo:
- Como o sr. lembra o nome de todo mundo? Já tentei vários sistemas e nenhum funcionou.
- Eu não lembro – revelou JK – Mas o sujeito não quer que você se lembre, quer pensar que você lembrou. Então, eu abraço a pessoa e pergunto baixinho: "Como é mesmo seu nome inteiro?" Aí, termino o abraço e digo bem alto: "Como vai, fulano?" E todos ficam satisfeitos.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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