Temer nomeia ficha suja na diretoria da Dataprev
O presidente Michel Temer nomeou diretor da Dataprev (estatal de tecnologia da Previdência) um condenado por improbidade e impedido de ocupar cargo público. Júlio César de Araújo Nogueira foi condenado em dezembro pelo juiz Francisco Ribeiro, da 8ª vara federal de Brasília, por supostas malfeitorias no Ministério da Agricultura, e a sanções civis (devolver dinheiro) e políticas (não pode se candidatar). Para o Palácio do Planalto não há impedimento já que cabe recurso da sentença.

Impedimento
Júlio César de Araújo Nogueira tem costas quentes: mesmo condenado (e à revelia), até ontem era secretário-executivo adjunto da Casa Civil.

Devolução
Júlio César Nogueira foi condenado por improbidade e a devolver R$ 3 milhões aos cofres públicos, em valores de 2012.

Bolso forrado
O salário de Júlio Cesar na Casa Civil era R$ 36,5 mil, além de R$ 11,2 mil em jetons do Finame e do Ceitec, centro de tecnologia do governo.

Xô, petelhada
A Dataprev se livrou apenas ontem dos "carrapatos" que se agarravam aos cargos de diretoria desde o governo Lula, apesar do impeachment.

No muro, Psol e Rede viram ‘tucanos da esquerda’
Uma semana após a condenação do ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de cadeia por corrupção e etc., os deputados Chico Alencar (RJ) e Ivan Valente (SP), do Psol, e Alessandro Molon (RJ) e Randolfe Rodrigues (AP), da Rede, em geral falantes, até hoje não comentaram a decisão do juiz Sérgio Moro. Em cima do muro, esses partidos têm sido ironicamente chamados no Congresso de "tucanos da esquerda".

Fugindo do fato
Os deputados calaram sobre a condenação de Lula por ladroagem, os partidos emitiram notas e só a Rede apoiou a sentença de Sérgio Moro.

Puxadinho petista
Fazendo jus ao epíteto de "puxadinho do PT", o Psol acusou Moro de "perseguição" e "arbitrariedades", em nota apenas na pessoa jurídica.

Boca de siri
Ex-Psol e hoje na Rede, o falante senador Randolfe Rodrigues (AP) foi procurado para comentar a condenação de Lula, mas ficou mudo.

MP foi o prato principal
O jantar de Michel Temer com Rodrigo Maia, que tanto excitou fantasias, tratou de temas como a medida provisória destinada a honrar o acordo para aprovação da reforma trabalhista no Senado. Isso produzia mais ruído na relação entre eles do que a briga no PSB.

Surrada estratégia
Em nota, o PT tenta arrastar o juiz Sérgio Moro para seu lamaçal acusando-o de "retaliação" contra Lula, fiel à surrada estratégia de desqualificar quem os condena. E quem denuncia falcatruas petistas.

Que pena
O acordo de delação de Marcos Valério está atrasado 12 anos. Ele foi condenado a mais de 40 anos, apesar de ser personagem secundário no mensalão, enquanto o "chefe da quadrilha" pegou dez. O acordo é com a Polícia Federal. O Ministério Público mineiro não teve interesse.

Guerra sangrenta
ONGs que ganham a vida (e dinheiro) "criminalizando" a Polícia Militar fazem um grande esforço para ignorar que 89 PMs foram assassinados somente este ano, no Rio de Janeiro. Afeganistão e Iraque são aqui.

Nada de vida fácil
Criminalistas experientes afirmam que, ao contrário da opinião de quem não é do ramo, a futura procuradora-geral da República Raquel Dodge é "carne de pescoço", mais "jogo duro" que o atual, Rodrigo Janot.

Rombo coberto
A Receita Federal recuperou no primeiro semestre R$ 73,6 bilhões em impostos e taxas devidos, mais juros e multas. Se arrecadar o mesmo no segundo semestre, vai cobrir o rombo nas contas do governo.

Apenas bandidos
São filhotes dos "camisas negras" de Benito Mussolini os bandoleiros destacados para agredir o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que foi a BH lançar um livro. Como a juventude nazista alemã, os "camisas negras" da Itália fascista perseguiam e agrediam os críticos do regime.

Votação da denúncia
A votação da denúncia contra Michel Temer só será aberta com a presença de 342 (2/3) deputados no plenário da Câmara, segundo determinou o presidente da Casa, Rodrigo Maia. A discussão da matéria, no entanto, pode começar com mínimo de 51 deputados.

Pensando bem...
...com R$ 606 mil na conta, o condenado Lula só tem carros velhos, não apreendidos pela Justiça, porque dá preferência a jatinhos.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Índio malandro
O cacique Mário Juruna foi eleito deputado em 1982 pelo PDT carioca, e fez história, de gravador em punho, cobrando promessas e compromissos dos políticos com a causa indígena. Mas, curiosamente, o deputado Mário Juruna não nomeou índios xavantes para a sua assessoria; só escolheu brancos. A um repórter que perguntou o motivo, ele explicou:
- Branco entende malandragem de branco.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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