"Não há omissão, obscuridade ou contradição"
Juiz Sérgio Moro em resposta a recurso-provocação da defesa de Lula

Ação contra Temer nos EUA violaria imunidade

A "ação controlada" ("sting operation") de órgãos de investigação do Brasil e Estados Unidos contra o presidente Michel Temer, como se divulgou nessa terça (18), violaria tratados internacionais de imunidade diplomática para chefes de governo e de Estado em viagem ao exterior, segundo especialistas. A imunidade impediu investigação contra Dilma, nos EUA, pela compra superfaturada da refinaria de Pasadena.

Ação frustrada

Michel Temer frustrou a "ação controlada" ao cancelar de última hora sua viagem a Nova York, em 17 de maio. Ele não sabia da operação.

Jogada da JBS

A operação em Nova York blindaria Joesley e a JBS da Foreign Corrupt Practices Act, rigorosa lei dos EUA que pune empresas corruptoras.

Flagrante

A gravação de conversa de Temer no apartamento de Joesley poderia configurar flagrante, justificando um processo contra o presidente.

Seria muito ruim

Eventual processo contra Temer nos EUA provocaria transtornos à política externa brasileira e dificultaria as relações entre os dois países.

Brasileiros apoiam redução do Senado e Câmara

Cerca de 1,4 milhão de pessoas já opinam favoravelmente à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 106/2015 que reduz o número de membros da Câmara dos Deputados de 513 para 386, e do Senado Federal de 3 para 2 por unidade da Federação (de 81 para 54 senadores). Segundo os números do E-Cidadania, no portal do Senado, apenas 8,2 mil pessoas (0,005% do total) são contra a PEC.

Boquinhas em profusão

Em 2003, Câmara e Senado empregavam 8.648 pessoas. O número de parlamentares não se alterou, mas dobrou o de servidores: 16.381.

Custo Câmara

O custo anual da folha da Câmara, em 2016, foi de R$ 4,3 bilhões, dos quais pouco mais da metade (R$ 2,7 bi) se referem a servidores ativos.

Custo Senado

Funcionários do Senado custam ao contribuinte R$ 3,3 bilhões por ano. São R$ 1,6 bilhão para da ativa e R$ 1,7 bilhão para os inativos.

A vez do IVA

Empresários ficaram animados com o anúncio de Michel Temer, em vídeo, de encaminhará ao Congresso projeto de simplificação tributária. Muitos sonham com o imposto único, como o IVA europeu.

A vida é bela

O governador Geraldo Alckmin assinou ontem a concessão de cinco aeroportos estaduais para a empresa de Oto Ribeiro, sobrinho da primeira-dama. Licitação limpa, certamente. Oto é filho de Ademar Ribeiro, irmão de Dona Lu Alckmin.

Morando 2018

Alckmin sinalizou que o ex-deputado Orlando Morando, atual prefeito de São Bernardo, que deu uma surra de votos em Lula e Luiz Marinho, deve ser o candidato do PSDB ao governo de São Paulo.

Matança no Nordeste

As mortes violentas crescem em todo o Nordeste. No Ceará, agrava-se dia após dia. Foram 269 em fevereiro, 358 em março, 378 em abril, 471 em maio e 474 em junho. De fevereiro a junho, crescimento de 74%.

Até parece

Critica-se a liberação de emendas parlamentares como fosse fato inédito. Todos os governos em maus lençóis agem assim. No mesmo espaço de tempo que Michel Temer liberou R$ 1,8 bilhão, Dilma pagou R$ 3,2 bilhões para tentar se livrar do impeachment.

Barrigas cheias

Os cariocas Alessandro Molon (Rede) e Chico Alencar (Psol) reclamam da liberação, mas levaram quase R$ 10 milhões em emendas. Eles e os que votaram contra Temer na CCJ receberam R$ 55,7 milhões.

Extradição, jamais

As autoridades americanas e espanholas podem até conseguir que a Justiça brasileira prenda o ex-cartola Ricardo Teixeira. Mas ele jamais será extraditado aos Estado Unidos, por impedimento constitucional.

Mais uma se vai

Atuando no Brasil desde 2006, a empresa indiana Suzlon, de manufatura de turbinas eólicas, anunciou que vai liquidar as operações por aqui "em consequência de fatores múltiplos únicos ao Brasil".

Pergunta na Papuda

Condenado por corrupção pode fazer campanha eleitoral fora de época?

PODER SEM PUDOR

Imagem ilustrativa da imagem Claudio Humberto



Animal errado

No final dos anos 1970, quando Arena e MDB eram os partidos autorizados pela ditadura, vivia em Manaus um comerciante sírio, Salim, conhecido por "Jacaré". Certo dia, às vésperas da eleição de 1978, recebeu uma ligação:
- Aqui é Luís Humberto, da Comissão de Finanças da Arena. Estamos reunindo recursos para a campanha do vice-governador João Bosco, nosso candidato ao Senado. Precisamos da sua contribuição financeira.
- De jeito nenhum, patrício. A Arena só tem leão ou rato. Eu sou Jacaré.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br