PT incorpora reforma de Aécio, que perdeu força
Deputados começam a discutir e votar nesta terça (30), em comissão especial, parecer à emenda constitucional que altera regras eleitorais, o sistema eleitoral e o financiamento de campanhas. A novidade é que pontos de uma outra PEC, de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG), podem ser incorporados ao relatório de Vicente Cândido (PT-SP). A PEC tucana perdeu força após a delação de Joesley Batista e JBS.

Murchou
A delação de Joesley JBS complicou, na Câmara, a PEC de Aécio, já aprovada no Senado, que proíbe coligações e cria cláusula de barreira.

Reforma da Câmara
A reforma da Câmara trata, à parte, do rito de projetos de iniciativa popular, prazos de desincompatibilização e registros de candidatura.

Temas polêmicos
Deputados querem deixar "para depois" mudanças mais radicais no sistema eleitoral, como voto em lista, voto distrital e financiamento.

Agora vai parar
A PEC da reforma política de autoria de Aécio está mais adiantada que a reforma da Câmara: até já foi aprovada em dois turnos no Senado.

Jurista diz que acordos de leniência são ilegais
Um dos juristas mais admirados do País, Modesto Carvalhosa, afirmou ontem que são "mancos" e completamente ilegais acordos de leniência celebrados no Brasil. A lei só prevê o benefício à primeira empresa que denuncia, por exemplo, um esquema de cartel para fraudar licitações. Especialista em Direito Comercial, Carvalhosa lembra que a lei impõe outros órgãos na negociação do acordo, além do Ministério Público.

Alguém sabia disso?
Carvalhosa esclareceu que a lei proíbe a extensão dos benefícios do acordo de leniência ao presidente e/ou controlador da empresa.

Um anticandidato
Estimulado por amigos e admiradores, Carvalhosa se dispõe a disputar a presidência, pela via indireta. "Sou um anticandidato", reconhece.

Fim do fisiologismo
Como "anticandidato", Carvalhosa quer extinguir cargos de confiança e conclamar deputados e senadores a fazerem o melhor deles pelo País.

Outro acordo
O acordo de leniência do momento, negociado pelo Ministério Público Federal, prevê o pagamento R$ 10,9 bilhões de multa pela J&F, equivalentes a 6% do seu faturamento anual, ao longo de 13 anos.

Pegou bem
A impressão geral em Brasília, sobretudo entre magistrados, é que a escolha de Torquato Neto para o Ministério da Justiça foi altamente positiva para o governo. Ele é respeitado junto aos tribunais superiores.

Tema ‘interna corporis’
Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mandado de segurança impetrado pelo deputado Marcelo Dias (PR-MG), em que pedia a suspensão da tramitação da PEC da Vaquejada.

Sem impressionar
O senador Telmário Mota (PTB-RR) fez um candente discurso em defesa de eleições diretas e gerais. Disse até que está disposto a abrir mão do próprio mandato. Os colegas não pareceram impressionados.

Paúra de Moro
A defesa de Lula reclamou da decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, de mandar a delação da JBS sobre o ex-presidente para Sérgio Moro.

‘Superjuiz’ em Portugal
Recebido em Portugal como "superjuiz", Sérgio Moro participa nesta terça do Estoril Conferences, ao lado celebridades como Antonio Di Pietro (Operação Mãos Limpas, da Itália) e do célebre juiz espanhol Baltasar Garzón, que atua na defesa de Julian Assange, do Wikileaks.

Dois pesos
Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) criticou Michel Temer por chamar o Exército após o badernaço que invadiu e destruiu prédios públicos e feriu pessoas. Na eleição 2016, ele pediu do próprio Temer segurança com forças federais em São Luís e outros 75 municípios.

Culpa do mensageiro
Em mais um discurso lido, a senadora Fátima Bezerra (RN) aproveitou o plenário vazio para atribuir à imprensa a "criminalização" do PT, e não à roubalheira na Petrobras revelada pela Operação Lava Jato.

Pergunta para a ex
Depois de empreiteiras financiarem o Instituto FHC e o Instituto Lula, quem vai bancar o Instituto Dilma?

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Lula não é Serra
Em visita do então presidente Lula a Uberaba (MG), o governador de Minas Aécio Neves (PSDB) deu uma de sabido e alterou a disposição dos nomes, à mesa do almoço, só para ficar ao lado de Lula. O petista, presidente à época, percebeu a manobra e fez uma gozação:
- Ô, Aécio, pode ficar tranquilo que eu não vou falar mal de você, não. O Zé Serra já fala...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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